O novo All Star chegou, o primeiro redesign dos tênis em 98 anos – que estou usando neste exato momento.
Estes calçados de cor branca são meus. Mais precisamente, eles são os novíssimos All Star Converse Chuck II, lançados na última terça-feira (28). No fim daquele primeiro dia de vendas, eles eram os últimos pares de tamanho 43 na loja da companhia em Manhattan. E eu comprei.
A loja teve uma grande busca pelos novos modelos no dia. O vendedor apenas balançou a cabeça quando pedi pelo modelo de cano alto em preto e branco. “Tente online”, ele sugeriu. Respondi que levaria qualquer par do novo modelo no meu tamanho.
Geralmente, quando há uma procura grande por um tipo de tênis, é por causa de um monte de entusiastas que fazem fila por alguma edição especial. Neste caso, no entanto, a fila lembra um pouco mais a busca por iPhones — o novo All Star será produzido em massa. Mais deles estarão disponíveis na semana que vem, e na semana depois disso, e assumindo que as pessoas continuem a comprá-lo, teremos os Chuck II por cem anos, que é mais ou menos há quanto tempo o original foi lançado.
A loja da converse no Soho, Nova York, quase ficou sem novos All Stars do meu tamanho durante o primeiro dia de vendas.
Mas acho que consigo entender porque tanta gente quis os novos All Stars – até mesmo pessoas sem muito senso de moda, como eu. Fora o Nike Air Jordan, é difícil imaginar um tênis tão icônico quanto o All Star. Eu me lembro quando finalmente convenci o meu pai a me dar um par deles quando ainda era criança, mesmo com ele se opondo, dizendo que eles ferrariam os meus pés. Desde então, uso um ou dois pares de All Star por ano.
Nunca os achei tão desconfortáveis quanto dizem algumas pessoas, mas o design de cem anos não é tão ergonômico assim. As pessoas estão loucas pelo novo All Star porque ele mantém muito do design clássico do original — eu acho que eles são até mais bonitos agora — enquanto introduz novas funções que o tornam legitimamente confortável.
O novo All Star Chuck II à esquerda, e o modelo antigo à direita. Dá para ver várias mudanças estéticas nesta comparação e no vídeo acima. A Converse nos mandou modelos de cano alto, mas eles são de tamanho 41, que são muito, muito pequenos para mim.
Como é usar o novo All Star?
Depois de passar um dia com meu novo All Star, posso dizer com certeza: eles são mais confortáveis. Eles se parecem com tênis de verdade agora, em vez de um saco de tecido que envolvia os meus pés.
No centro do tênis está a nova palmilha feita de Lunarlon, uma espuma macia feita pelo material patenteado pela Nike, empresa dona da Converse há mais de uma década. Entretanto, não deixe o marketing sobre este produto te enganar: essa é só uma palmilha confortável. Ela se parece muito como as palmilhas para tênis de corrida; mas, neste caso, ela é especialmente projetada para o calçado.
Além da palmilha, a maior mudança está na lingueta, que não escorrega. É uma mudança enorme para o All Star. A lingueta antiga podia ficar presa nos cantos em alguns casos – tanto que se tornou algo padrão no visual do tênis.
Alguns outros aspectos do redesign precisam de algum tempo para serem avaliados. O novo All Star usa uma construção na sola de borracha que aparenta ser resistente, assim como a parte frontal que se prende à sola – é aí que os antigos All Stars começam a se desmanchar com o tempo.
Além disso, o novo modelo usa um tecido mais robusto, que, ao todo, dá uma maior firmeza à estrutura do sapato, suportando melhor os seus tornozelos, em vez de apenas servir como uma cobertura sobre os seus pés.
Se os novos All Stars serão mais duráveis ou se vão sofrer o mesmo destino que o modelo anterior? Não sabemos ainda, mas ele seria um All Star se não ficasse horrível com o tempo?
Um par do novo All Star de cano alto sai por US$ 75, comparado aos US$ 55 do modelo anterior. Segundo o SneakersBR, a previsão é de que o modelo seja lançado no Brasil em 1º de setembro, nas cores preto, azul, branco e vermelho.