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Vacinação contra Covid-19 na gravidez protege bebês recém-nascidos

Após vacinação contra Covid-19, grávidas tendem a passar anticorpos para seus bebês, que estão vulneráveis à doença até sua primeira dose

Vacinação contra Covid-19 na gravidez protege bebês recém-nascidos

Desde que ensaios clínicos provaram que a vacinação contra Covid-19 era segura para grávidas, milhões de pessoas nessa condição receberam suas doses ao redor do mundo. Agora, com esses dados sólidos, vários estudos indicam que a imunização neste período também beneficia o bebê em gestação.

Hoje, a indicação de vacinação contra Covid-19 está prevista para bebês a partir dos seis meses de idade. Porém, no intervalo entre o nascimento e a primeira dose, essas crianças se encontram vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Isso porque, nesse momento da vida, o sistema imunológico do bebê não está maduro o suficiente para montar sua própria defesa.

“Um dos fatos que se perde no público em geral é que, na população pediátrica, a Covid-19 é mais grave entre os bebês, resultando nas maiores taxas de hospitalização e morte nessa faixa etária jovem”, afirmou à Scientific American a pesquisadora Cristina Cardemil, envolvida em um dos estudos sobre o tema.

Isso acontece porque os bebês ainda não tiveram contato com doenças infecciosas e, portanto, não produziram anticorpos. Além disso, eles também têm vias aéreas pequenas e se desidratam facilmente, o que os coloca em duplo risco para várias condições. Mas isso pode mudar com a vacinação durante a gravidez.

Evidências

De acordo com a ciência, o que acontece é relativamente simples. Ao receber a vacinação, o sistema imunológico de pessoa grávida desenvolve anticorpos contra uma proteína do SARS-CoV-2. Posteriormente, esses mesmos anticorpos atravessam a placenta para o feto, protegendo assim o recém-nascido.

O mesmo já acontece com a vacina da gripe, por exemplo. Agora, alguns estudos recentes reforçam a eficácia desse processo com a Covid.

Recomendações

De acordo com os autores do estudo da Nature Medicine, futuras diretrizes devem recomendar a vacinação de reforço durante o terceiro trimestre como algo rotineiro da gravidez. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já recomenda uma única dose adicional da vacina neste período.

Contudo, por enquanto, essa diretriz parece ser a exceção. Além disso, especialistas também se preocupam com a falta de adesão da população mundial às doses de reforço da vacinação contra Covid-19.

Para especialistas, esta é uma maneira muito fácil de manter o bebê seguro e garantir também a saúde da mãe. Por isso, deveria ser recomendado com mais afinco.

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