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Vacinação contra Covid pode ter reduzido derrames e ataques cardíacos, diz estudo

Segunda pesquisa britânica, houve queda de até 10% na incidência de trombose arterial – que engloba infartos, AVC etc –, observada a partir de três meses após a primeira dose

Vacinação contra Covid pode ter reduzido o número de doenças cardiovasculares.

Além de fornecer imunidade contra o vírus, a vacinação contra Covid-19 pode ter sido responsável por reduzir o índice de derrames e ataques cardíacos.

Um estudo recente, publicado no dia 31 de julho, destaca uma redução significativa na incidência de ataques cardíacos e derrames após a vacinação da Covid-19.

O estudo faz parte de uma colaboração entre as maiores universidades do Reino Unido, incluindo Cambridge, Bristol e Edimburgo, com o Centro de Ciência de Dados da Fundação Britânica do Coração.

Desse modo, o estudo conseguiu um dataset para analisar quase toda a população adulta da Inglaterra, comparando pessoas vacinadas àquelas que não se vacinaram.

Os pesquisadores examinaram registros de saúde de 46 milhões de adultos da Inglaterra entre 8 de dezembro de 2020 e 23 de janeiro de 2022.

A análise comparou a incidência pós-vacinação de doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames, à incidência antes, ou sem vacinação, durante os dois primeiros anos da campanha de vacinação contra a Covid-19.

Queda de até 27% na incidência de derrames e ataques cardíacos pós-vacinação

Segundo o estudo, houve uma queda de até 10% na incidência de trombose arterial – que engloba infartos, AVC e outras doenças cardiovasculares –, observada a partir de três meses após a primeira dose.

A incidência de ataques cardíacos e derrames caiu em até 27% após a segunda dose da vacina AstraZeneca e até 20% após segunda dose com vacina da Pfizer.

Além disso, o estudo também destaca um padrão similar de redução nos casos de trombose venosa, como embolia pulmonar e trombose venosa profunda.

Estudos anteriores indicavam que as vacinas podiam gerar complicações cardiovasculares consideradas raras, como cardiopatia inflamatória. Além disso, teorias da conspiração, afirmando que as vacinas continham microchips, aumentaram o número de pessoas se opuseram às vacinas.

O estudo afirma que, embora existam casos de trombose associados às vacinas da AstraZeneca – que resultou em uma lei do Reino Unido determinando a Pfizer para menores de 40 anos –, evidências maiores mostram que o risco associado à Covid-19 é bem maior que os riscos da vacinação.

Aliás, o estudo também revela um aumento em casos de ataques cardíacos e derrames após a infecção pela Covid-19, sobretudo em casos graves.

O estudo atribui a queda no número de ataques cardíacos e derrames em pessoas que se vacinaram contra a Covid-19 aos efeitos protetivos da vacinação.

Por fim, os resultados do estudo embasam ainda mais a segurança das vacinas e, ao mesmo tempo, apresentam benefícios relacionados à vacinação contra a Covid-19.

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