Vacinação contra varíola dos macacos é planejada ainda para março
O Brasil recebeu seu primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos (Mpox) no dia 4 de outubro de 2022. Cinco meses se passaram e os imunizantes ainda não chegaram aos braços da população.
Mas isso pode estar prestes a mudar. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, disse ao portal JOTA que o Ministério da Saúde deve iniciar uma ação envolvendo essas vacinas ainda este mês.
O Brasil recebeu um total de 9,8 mil doses do imunizante. Devido ao baixo número, o Ministério da Saúde deve focar inicialmente em grupos de risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas que tiveram contato com infectados e profissionais de saúde. Pessoas que vivem com HIV também devem entrar na campanha, já que são consideradas mais vulneráveis à Mpox.
A empresa dinamarquesa Bavarian Nordic é responsável por produzir e comercializar o imunizante sob os nomes Jynneos (EUA) ou Imvanex (Reino Unido). A liberação em caráter excepcional da vacina no Brasil venceu em fevereiro, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) renovou a medida por mais seis meses.
Outros órgãos reguladores internacionais, como o FDA, nos EUA, e o EMA, na Europa, já aprovaram o imunizante da Bavarian Nordic. No Brasil, não há vacina registrada ou autorizada para o combate à varíola dos macacos.
Foram encomendadas por intermédio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) 50 mil vacinas contra a monkeypox, mas o Brasil recebeu apenas 19,6% do total. Não há previsão para a chegada dos lotes restantes.
O Brasil registrou até 24 de fevereiro 10.846 casos e 15 mortes por Mpox. A atualização dos casos ocorre semanalmente.