Ciência

Vazamento de ácido em rio de Joinville provoca corrida em busca de água potável

Joinville, cidade com mais de 600 mil habitantes, enfrentou tumulto, longas filas e escassez de garrafas de água nos mercados desde segunda
Imagem: Freepik/Reprodução

Desde a manhã da última segunda-feira (29), Joinville, em Santa Catarina, vive um estado de alerta sobre a falta de água. O problema começou após um acidente na Serra Dona Francisca (na rodovia SC-418) envolvendo um caminhão que derramou ácido sulfônico no Rio Seco. O rio é afluente do Rio Cubatão, que fornece água para 34 bairros da cidade catarinense.

Dessa forma, a prefeitura da cidade suspendeu o fornecimento de água pela Estação de Tratamento local e declarou estado de emergência.

Após o fechamento imediato devido ao incidente, a estação de tratamento da cidade foi reativada nesta terça-feira (30). No entanto, esse curto período já foi suficiente para causar uma alta nos preços da água em supermercados da cidade.

Aliás, o Procon de Joinville informou estar em contato com comerciantes locais para monitorar possíveis aumentos de preços de água. Até o momento, na manhã desta terça-feira (30), duas reclamações de moradores sobre elevação nos preços foram registradas.

Correria em supermercados

Joinville, a cidade mais populosa do estado — com 616.323 habitantes –, enfrentou tumulto e longas filas nos mercados desde a tarde de segunda-feira. Por outro lado, o Procon aconselha a população a economizar água e não pagar preços exorbitantes, já que não há possibilidade de reembolso.

Inclusive, um vídeo compartilhado no Instagram mostra a correria de moradores em um supermercado de Joinville a fim de comprar garrafas de água.

O ácido sulfônico é um composto químico presente na fabricação de detergentes, tanto líquidos quanto em pó. Sua eficiência na remoção de sujeiras e boa reação com gorduras o tornam um ingrediente chave. Além disso, é notável pela abundante formação de espuma, evidenciada nas imagens do Rio Seco, que rapidamente se tornou branco e espumoso.

A polícia afirmou que a substância derramada é identificada como ácido alquilbenzenossulfônico, classificado pelo número ONU 2586 — um símbolo de reconhecimento global da ONU. Este produto é corrosivo e com facilidade de se misturar com a água.

A substância pode provocar irritação nas vias respiratórias se for inalado. No caso de ingestão, ele pode causar queimaduras na boca, garganta e estômago. Nos olhos, ele pode provocar lesões oculares graves, além de queimaduras na pele.

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