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Veja o desempenho dos cachorros robôs com novos algoritmos

Novo sistema de algoritmos de cachorros robôs "misturam" imagens captadas por câmera e sensores de toque para evitar obstáculos. Assista à máquina em ação

Veja o desempenho dos cachorros robôs com novos algoritmos

Imagem: Universidade da Califórnia/YouTube/Reprodução

A onda dos cachorros robôs já chegou – e eles estão mais tecnológicos do que nunca. Desta vez, a Universidade da Califórnia desenvolveu um sistema de algoritmos que permite aos bot scaninos andar e correr em terrenos íngremes e evitar obstáculos em movimento. 

O diferencial está no sistema de algoritmos, que mistura dados de imagens em tempo real tiradas por uma câmera acoplada na “cabeça” do robô e dados dos sensores nas pernas da máquina. 

Esses dados treinam uma política de aprendizado por reforço “ponta a ponta”. Ou seja, o robô consegue tomar decisões rapidamente e antecipar mudanças com antecedência. Isso ajuda para que possa se mover e desviar de obstáculos sozinho.

Em testes, o sistema guiou os cachorros robôs em manobras autônomas e velozes em superfícies arenosas, cascalho, grama e montes de terra com buracos. Eles andaram sem esbarrar em postes, árvores, pedras, bancos ou pessoas. 

Os pesquisadores também colocaram os robôs para circular em um espaço fechado. Foi bem sucedido: os animais de metal não encostaram em caixas, mesas ou cadeiras. 

O objetivo do estudo é usar os cachorros robôs em missões de busca e resgate, e coletar informações em locais perigosos ou difíceis para os seres humanos. 

Assista ao desempenho dos cachorros robô 

Diferencial nos algoritmos 

Segundo os pesquisadores, esses cachorros robôs são mais versáteis que outros modelos no mercado. A diferença está na visão dos bots, que conta com sensores de movimento, direção, velocidade, localização e toque – neste caso, a sensação do chão sob seus pés. 

Hoje a maioria dos treinamentos de robôs com pernas dependem da propriocepção – ou cinestesia (com “c” mesmo), a capacidade de se perceber no ambiente – ou visão. Mas não dos dois ao mesmo tempo. 

“Nosso trabalho combina a propriocepção com a visão computacional”, disse Xiaolong Wang, líder da equipe que desenvolve o cachorro robô na Universidade da Califórnia. “Isso permite que um robô com pernas se mova com eficiência e suavidade”. 

O próximo passo, agora, é tentar habilitar os cachorros robôs para andarem em terrenos ainda mais desafiadores, como subir e descer escadas, andar sobre pedras, mudar de direção e saltar obstáculos.  

No final do mês, a equipe vai apresentar seus resultados na Conferência Internacional de Robôs e Sistemas Inteligentes, em Kyoto, no Japão. O encontro vai de 23 a 27 de outubro. O artigo que descreve o funcionamento do bot está em disponível no site ArXiv

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