_Ciência

Veja o que a nova dieta mediterrânea verde tem de diferente

Com ênfase em polifenóis, a dieta se concentra em nozes e menos carne vermelha, reduzindo a gordura visceral. Veja os resultados apresentados no estudo norte-americano

Imagem: Reprodução/Unsplash

Um novo estudo publicado no portal BMC Medicine mostrou que a dieta mediterrânea verde é mais eficaz na redução da gordura visceral do que a dieta mediterrânea padrão ou uma dieta geralmente saudável. 

Uma ressonância magnética avaliou as reduções na gordura visceral nos participantes da pesquisa. Os que passaram pela dieta mediterrânea normal perderam 6% da gordura visceral, enquanto o grupo de dieta saudável perdeu 4,2%.

Já os participantes da dieta mediterrânea verde reduziram sua gordura visceral em mais de 14%. Os três grupos perderam uma quantidade semelhante de peso corporal total.

Um dos condutores do estudo, o Dr. Hila Zelicha, da Universidade de Los Angeles (EUA), explicou o motivo do potencial perigo da gordura visceral. “A gordura visceral é profunda no corpo e encontrada em torno dos órgãos internos, ao contrário da camada superficial de gordura que podemos ver”, disse.

“Ela está associada a vários problemas de saúde, como pressão alta, obesidade, dislipidemia e diabetes. Também aumenta o risco de mortalidade, tornando mais importante ficar de olho”, destacou Zelicha à Medical News Today.

Como é a dieta mediterrânea verde

A dieta mediterrânea verde tem ênfase em polifenóis, compostos vegetais que têm sido associados à proteção contra diabetes tipo 2, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.

Eles também parecem trazer benefícios para o cérebro e a digestão. Os polifenóis podem ser encontrados no chocolate amargo, nas frutas vermelhas, no vinho tinto e no chá, bem como em algumas nozes.

Nessa dieta, uma pessoa consome 28 gramas de nozes – cerca de sete nozes -, 3 a 4 xícaras de chá verde e 100 miligramas da planta aquática Wolffia globosa (Mankai), a “lentilha-d’água ”, em um smoothie ou shake todos os dias. Além disso, exclui o consumo de carnes vermelhas e processadas.

De acordo com o Dr. Zelicha, os exercícios aeróbicos, como correr ou andar de bicicleta, também são uma estratégia para reduzir o tecido adiposo visceral. Na dieta, “comer mais gorduras à base de plantas, como azeite, abacate, nozes e sementes, e evitar carboidratos simples e ácidos graxos trans pode ajudar a reduzir a gordura visceral”, recomenda.

Sair da versão mobile