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Veja o satélite descontrolado da ESA que está prestes a cair na Terra

Apesar das imagens impressionantes, a ESA diz que não é preciso se preocupar, e que o satélite deve queimar na sua reentrada na Terra

Imagens divulgadas pela Agência Espacial Europeia (ESA) mostram um dos seus satélites caindo de forma descontrolada em direção à Terra. As imagens vieram a público na última segunda-feira (19).

O satélite em questão é a ferramenta de sensoriamento remoto 2 da ESA (ERS-2). A expectativa é que ele se incinere durante a reentrada na atmosfera da Terra nesta quarta-feira (21).

As imagens foram capturadas há cerca de três semanas, pela empresa australiana de imagens comerciais HEO, quando o satélite estava a uma altitude de cerca de 300 quilômetros. Dessa forma, o ERS-2 está caindo mais de 10 km por dia, com sua velocidade aumentando rapidamente.

Apesar das imagens impressionantes, a ESA diz que não é preciso se preocupar. De acordo com a agência, quando o satélite de mais de 2 toneladas descer para cerca de 80 km da Terra, ele deve começar a se quebrar em pedaços.

Ainda de acordo com a ESA, risco para pessoas e propriedades é extremamente baixo e que, “em média, um objeto de massa semelhante reentra na atmosfera da Terra a cada uma ou duas semanas”.

História da missão da ESA

O ERS-2 é um satélite estabilizado de três eixos apontado para a Terra, que orbita nosso planeta com uma inclinação de cerca de 98,5°.

Ele foi lançado na sequência do seu satélite irmão, o ERS-1, lançado quatro anos antes. Na época do lançamento, os dois satélites ERS eram os satélites de observação da Terra mais sofisticados já desenvolvidos pela humanidade.

Assim, a missão utilizava técnicas avançadas de micro-ondas (radar) para fornecer medições das propriedades atmosféricas e da superfície da Terra. Isso, inclusive, independentemente das condições das nuvens e da luz solar. Dessa forma, isso contribuiu para o estudo científico e a compreensão do nosso clima e do meio ambiente.

O satélite foi lançado da Guiana Francesa em 21 de abril de 1995 por um foguete Ariane-4. Ele foi injetado diretamente em órbita polar sincronizada com o Sol, a uma altitude de aproximadamente 800 km.

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