Zero Charisma é um filme, atualmente em pré-produção, sobre um mestre de Dungeons & Dragons que, ao ver entrar no seu grupo um neo-geek hipster, surta e não aceita que um “deles” possa ser bonito, popular e engraçado. O trailer é bacana, melhor que de 105% dos filmes deste ano, e achei que vocês gostariam de vê-lo e começar uma saudável discussão neste domingo.
No fim das contas, o filme é sobre um conflito de subgrupos culturais. De um lado, os nerds estereotípicos clássicos – solitários, que só se relacionam com os seus iguais e têm dificuldades sociais com qualquer outro tipo de pessoa –, e do outro, os novos geeks/hipsters, que gostam das mesmas coisas, mas que conseguiram se adaptar ao resto do mundo, se cuidam e se dão bem com os outros seres da raça humana. É um tema interessante por dois motivos: 1) Se você está lendo o Gizmodo, é provável que você se identifique ao menos com as preferências de um dos “grupos” e; 2) É um separatismo boboca e infantil, que faria bem em ser exterminado.
Conversando brevemente hoje com o nosso editor Pedro Burgos sobre isso, eu falei que “ah, tudo bem, cada um se identifica com o que quer. Para cada navio, uma bandeira”. Ao que ele respondeu algo que faz muito sentido: o problema é ter que ter bandeiras diferentes e insistir nessa coisa de “tribos” que só faz sentido para aquelas reportagens do Fantástico para explicar o que os “jovens” andam fazendo. Estamos todos no mesmo barco, afinal! Gostamos das mesmas coisas, vivemos no mesmo mundo, e, ainda que talvez em palcos e com elencos diferentes, temos todos os mesmos dramas.
O que você pensa sobre essa caracterização dos nerds, geeks, hipsters e afins? Depois que Senhor dos Aneis ganhou Oscar de Melhor Filme e todo mundo joga algum tipo de videogame, faz sentido “orgulho nerd” e coisas assim? Se rolar um papo bacana aí em baixo, a gente participa. ;) [IndieGoGo]