A venda mundial de smartphones sofreu uma queda de 10% em 2023, segundo dados de um relatório da consultoria Canalys divulgado no fim de julho. Esse é o sexta trimestre consecutivo de queda no mercado de smartphones se comparado ao mesmo período de 2022.
A fabricante sul-coreana Samsung segue como a líder, com 21% de participação no mercado, com 53 de smartphones vendidos no 2º trimestre. A Apple segue em segundo lugar, com 43 milhões de vendas e uma participação de mercado de 17%.
Venda de celulares no 1º semestre de 2023
A chinesa Xiaomi figura em terceiro lugar do ranking, com 33,2 milhões em vendas e uma participação de mercado de 13%. Ao todo, as remessas globais de smartphones durante os meses de abril, maio e junho totalizaram 258,2 milhões de unidades.
A fabricante Oppo teve 25,2 milhões de vendas e uma participação de mercado de 10%, enquanto a Transsion, que detém as marcas Infinix, Tecno e iTel, passou para o quinto lugar, com 22,7 milhões de remessas e uma participação de mercado de 9%.
A ascensão da Transsion nos mercados emergentes e as fortes vendas nos mercados do Oriente Médio, África e América Latina solidificaram sua posição como uma das cinco principais marcas de smartphones.
A primeira vez que a marca entrou no ranking foi no 1º trimestre deste ano. Transion é também a única marca com um crescimento anual positivo de 22%.
Motivos da queda
O relatório aponta que a inflação global e outras condições econômicas que afetam diferentes mercados estão entre os principais motivos que levaram a uma redução nas vendas de smartphones.
“O declínio no mercado global de smartphones diminuiu mais uma vez, ajudado por uma redução de estoque em todo o setor e sinais de recuperação da demanda em certos mercados regionais”, comenta Amber Liu, analista da Canalys
Para a especialista, o segundo semestre de 2023 ainda será conturbado na indústria, com a previsão de um declínio moderado na demanda por smartphones, mas menor do que foi registrado até agora. A expectativa é que o mercado melhore a partir de 2024.
“Esperamos um ambiente de negócios mais saudável no segundo semestre, criando uma vibração mais positiva entre os participantes do setor. As empresas que conseguirem equilibrar o pico do mercado de curto prazo e as mudanças estruturais de longo prazo sairão fortes dessa rodada de baixa”, finaliza Liu.