Quem disse que você precisa de polegares para montar objetos ou utilizar máquinas complexas? A Empire Robotics vem trabalhando em uma esfera futurista para criar “pinças robóticas baseadas em compressão”, também conhecidas como o sistema Versaball.
O sistema funciona mais ou menos como uma bexiga cheia de material viscoso (como o melaço): coloque-a em cima de um objeto, e ela se deforma ao redor dele para, dessa forma, prendê-lo.
Dentro do Versaball, temos ar comprimido e uma substância granular (não revelada). É assim que ele consegue abrir potes com tampa, trocar lâmpadas, lidar com objetos cortantes e até mesmo construir pequenas torres de Lego – confira nos vídeos abaixo.
A mão esférica pode pegar de tudo, e ajuda a evitar dificuldades mecânicas de dedos robóticos tradicionais, que podem ser caros e difíceis de controlar.
Claro, isto é útil em diversas situações industriais, como fábricas e talvez até mesmo canteiros de obras automatizados. Mas, como explica a Popular Science, o potencial mais interessante é usá-lo em próteses humanas.
A Empire Robotics está atualmente trabalhando em “uma versão do Versaball compatível com implantes de membros humanos”, segundo a PopSci. Eles já descartam de cara qualquer vantagem de tato nessa experiência: “um toco de borracha mole que pega uma maçaneta de porta de carro será sempre inferior a uma mão humana”.
Mas eu seria um pouco mais otimista aqui, já que os humanos se adaptam, e ainda estamos explorando novas interfaces de usuário para os nossos próprios corpos. Por exemplo, estas lâminas de corrida projetadas por Össur pareciam muito estranhas no início, mas agora elas são reconhecidas oficialmente pelos Jogos Olímpicos.
É, sem dúvida, surreal imaginar humanos do futuro realizando tarefas – desde trocar lâmpada a criar uma torre de Lego – usando nada além de uma prótese de Versaball, mas também é estranhamente maravilhoso, e um sinal incrível de onde a tecnologia de próteses pode nos levar. [Popular Science]