Veja o smartphone modular do Google fazer boot pela primeira vez em público
O Projeto Ara, smartphone modular do Google, não foi mencionado na keynote de abertura do evento I/O, mas apareceu em uma palestra de hoje. E Seth Newberg, que lidera a equipe de engenharia elétrica e software do Ara, demonstrou o aparelho fazendo boot… ou pelo menos tentando.
O protótipo “Spiral 1” leva cerca de 30 segundos para mostrar o logotipo do Android na tela (após iniciar o kernel do Linux) e mais 30 segundos para mostrar a tela inicial que você já conhece. Mas, como você pode ver, ele travou no final.
Segundo o The Verge, a equipe tentou fazê-lo passar da tela de boot durante a apresentação de Paul Eremenko, chefe do Projeto Ara, mas não conseguiu. (O vídeo completo da apresentação está aqui.)
É um avanço e tanto ver um smartphone modular funcionando fora do laboratório. Há algumas semanas, ele rodava assim:
Só que Eremenko prometeu muito mais: disse que os primeiros smartphones Ara devem ir à venda em janeiro de 2015, custando US$ 50 para as fabricantes. Em questão de meses, esse protótipo pode evoluir em um produto para consumidores? É difícil.
Há muito ceticismo justificado envolvendo a ideia de um smartphone modular. Nele, a integração entre os componentes é menor, o que poderia deixá-lo mais volumoso e até mais lento. E tentativas anteriores de um celular modular falharam.
Mas Eremenko segue confiante. Na palestra, ele diz que seu grupo testa novas formas de transferir dados entre os módulos, usando interconexão capacitiva e outros novos tipos de conectores.
Ele também anunciou um desafio para desenvolvedores, que oferecerá US$ 100.000 para quem criar um módulo funcional para o Ara que faça algo impossível em smartphones atuais. Já existe um kit para desenvolvedores da plataforma, o MDK.
O Projeto Ara possui uma carcaça, o Endo, na qual o usuário encaixa os módulos. Eles terão tamanhos predefinidos, mas você poderá fazer coisas como inserir duas baterias, ou usar uma nova câmera, alto-falante ou até um sensor de batimentos cardíacos. Os módulos ficam presos usando eletroímãs permanentes, que não precisam de energia para se fixarem ao aparelho.
O projeto está nas mãos do grupo ATAP (Advanced Technology and Projects), e conta com a participação do designer Dave Hakkens, que propôs o conhecido conceito dos PhoneBloks. [The Verge e SlashGear]