A empresa britânica Steeper Group criou a “BeBionic”, mão biônica que promete ser a mais “anatomicamente precisa” do mercado, oferecendo um “incomparável nível de precisão e movimento natural”.
Nicky Ashwell, uma londrina de 29 anos que nasceu sem a mão direita, recebeu o implante e agora pode andar de bicicleta pela primeira vez na vida, entre muitas outras coisas.
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A mão funciona com sensores que são ativados com os movimentos dos músculos no braço de Ashwell. Cada dedo possui motores próprios, assim podendo se mover independentemente dos outros; ao todo, a mão possui 337 partes mecânicas que a fazem funcionar.
Os dedos são feitos de ímãs para “melhorar a performance e o equilíbrio entre velocidade e força”. A mão pode aguentar até 45 kg. Para mantê-la ainda mais real, as pontas dos dedos da prótese contêm bolhas de ar, para imitar o fato de dedos de verdade serem um pouco esponjosos.
Nicky, gerente de produto em uma loja online de moda, diz em comunicado:
Foi uma sensação estranha e animadora quando usei a pequena mão biônica pela primeira vez; ela imediatamente abriu muitas novas possibilidades para mim…
Os movimentos agora surgem de forma fácil e natural; e continuo a me surpreender com as pequenas coisas, como poder carregar a minha bolsa enquanto seguro a mão do meu namorado. Também posso fazer coisas que nunca pude antes, como andar de bicicleta e carregar peso”.
Ted Varley, diretor técnico do Steeper Group, explica que a mão biônica é pequena pois tem como foco as mulheres, adolescentes e homens de baixa estatura. Para atingir esse objetivo, a estrutura do esqueleto é criada primeiro, para então ser feita a tecnologia dentro dessa estrutura — Varley diz que em outras próteses a tecnologia é feita primeiro, aumentando o tamanho e diminuindo o realismo da prótese.
O valor da mão biônica, entretanto, ainda é uma realidade distante para muitos: ela custa aproximadamente US$ 58.000 por unidade — caro, mas dá a pessoas como Nicky movimentos que elas nunca nem imaginaram ter.
Quem sabe no futuro não poderemos combinar essa tecnologia com as próteses impressas em 3D, que custam apenas US$ 300 para produzir. Ou quem sabe combinemos a nova mão de Nicky com a tecnologia de controlar próteses com a mente. Isso sim é o que poderemos chamar de futuro. [The Guardian, BeBionic]
Foto de capa: Laura Lean/The Guardian; Imagem: BeBionic