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Como funcionarão os apps e as notificações no Apple Watch

Esta semana foi lançado o WatchKit, com as recomendações para quase todo detalhe sobre o design dos apps no Apple Watch.

Esta semana foi lançado o WatchKit, para desenvolvedores criarem apps para o Apple Watch. E com ele vieram as Diretrizes de Interface, com as recomendações da empresa para quase todo detalhe sobre o design dos apps. Eis o que elas revelam.

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Os apps serão uma extensão do iPhone, pelo menos no início

Nas diretrizes do WatchKit, a Apple diz que “um app para o Watch complementa o seu app para iOS, mas não o substitui”. Por isso, ele requer um iPhone o tempo todo para funcionar ao máximo, senão vira apenas um relógio. No entanto, a empresa avisa que vai liberar, em 2015, a criação de apps nativos, que não dependem de um iPhone.

Existem dois tipos de notificações

Quando você usa o Apple Watch e levanta o pulso, a tela se liga automaticamente e exibe o “Short Look”: uma notificação com um ícone, o nome do app e parte da informação. Após um momento, a tela exibe o “Long Look”: a informação ocupa a maior parte da tela, e é possível navegar pela interface para dispensar a notificação ou para realizar ações – “responder” ou “curtir”, por exemplo – tocando em um botão.

Há também os Glances

Os Glances funcionam como os cards do Google Now: eles oferecem uma informação curta vinda de um app, que seja “oportuna e contextualmente relevante”, talvez com base em localização e outros.

Toda a informação – por exemplo, compromissos da agenda ou previsão do tempo – deve caber em uma só tela. Toque no Glance e você é levado ao app correspondente.

Você decide quando vê os Glances. “Ao contrário de um alerta enviado por push ao dispositivo, os Glances são acessados a critério do usuário”, diz a Apple – basta deslizar a partir da borda inferior.

A fonte se adapta para seus olhos

A Apple criou uma nova fonte, chamada San Francisco, especificamente para o Watch. E as diretrizes de interface explicam por que ela é mais adequada para telas pequenas.

Ao contrário de algumas fontes, a San Francisco irá se condensar ou expandir com base no tamanho das letras. Se você estiver lendo um texto minúsculo, por exemplo, haverá mais espaço entre cada letra e o tamanho da pontuação será maior, assim como o tamanho dos buracos nas letras como “e” e “a”. Isto facilita a leitura quando o texto no Watch for muito pequeno.

“Force Touch” adiciona uma segunda camada de interação

Nós já sabíamos que a tela Retina do relógio seria capaz de interpretar a força de seu dedo. Mas agora nós estamos começando a ver como essa sensibilidade vai impactar a interface.

O Force Touch age como uma segunda camada de interações porque você vai usá-lo para acessar um menu de nível superior, que exibe as opções dentro de cada app.

“Uma tela pequena não consegue acomodar tantos controles”, diz a Apple. “Interações via Force Touch exibem o menu de contexto (se houver) associado à tela atual. Os apps usam este menu para exibir as ações pertinentes ao conteúdo atual.”

A “coroa digital” se soma à touchscreen

Um dos destaques no Apple Watch é a coroa digital, o botão giratório na lateral. Ele permite dar zoom e rolar por páginas. A ideia, como explica a Apple, é desobstruir a tela quando for preciso interagir de forma mais precisa. “A Coroa Digital foi projetada para rolagem precisa e acelerada, sem obstruir a tela. Assim, é mais fácil percorrer páginas mais longas”, diz a Apple.

Há outras formas de se interagir com o Apple Watch…

Além do toque e da coroa digital, também dá para falar com o Apple Watch. É possível ditar e-mails ou falar com a Siri, que pode trazer as mesmas informações que no iPhone.

E há um botão adicional com uma função meio bizarra: é possível enviar emoticons, desenhos rápidos ou até seu batimento cardíaco para seus contatos.

… mas nós ainda não sabemos muito sobre a Taptic Engine

A Taptic Engine fará o Apple Watch tremer de forma diferente dependendo do app que enviar a notificação. Em setembro, a empresa disse que, com esse recurso, “você sente uma sensação tátil que é notavelmente diferente para cada tipo de interação”. Parece que a Apple terá o controle, pois isso não aparece no WatchKit.

O pequeno motor vibratório também ajuda na navegação: no app Mapas, ele vibra de forma diferente se você tiver que virar à direita ou esquerda, assim você não precisa olhar as direções no seu pulso.

O Apple Watch custará US$ 349 quando for lançado em 2015, e só funciona com iPhones. [Apple]

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