Na última segunda-feira (09), a Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou o WhatsApp Messenger a abrir um processo contra a empresa israelense de segurança, NSO Group. A companhia israelense é acusada de explorar uma vulnerabilidade para espionar indevidamente usuários do mensageiro.
A batalha judicial acontece desde 2019, quando a plataforma de mensagens solicitou pela primeira vez uma indenização em razão da instalação não autorizada de um software espião. O NSO Group, por sua vez, afirmou que usou sua tecnologia para auxiliar governos no monitoramento de criminosos e potenciais ameaças.
A NSO utilizou o spyware Pegasus, contra, aproximadamente,1.400 usuários do WhatsApp incluindo jornalistas, ativistas de direitos humanos e políticos de oposição.
A empresa israelense é muito popular pelo Pegasus, um software espião capaz de se instalar e roubar informações e dados, incluindo acesso às câmeras e microfones de smartphones, sem que as vítimas desconfiem. Em 2021, a companhia de segurança foi adicionada a uma lista de restrição e não pode estabelecer relações comerciais com nenhuma empresa americana.
A empresa é acusada de trabalhar para governos que violam direitos humanos. Informações divulgadas pela inteligência americana em 2018 corroboram com as acusações e serviram para prejudicar ainda mais sua imagem.
O NSO Group é acusado de utilizar o Pegasus para espionar pessoas próximas do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, assassinado pelo governo saudita dentro da embaixada da Turquia, em 2018. Um relatório da inteligência dos EUA apontou que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, deu aval para o sequestro e assssinato do jornalista.