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Xbox Music ganha grande reformulação e apps para Android e iOS

Quando foi lançado, ano passado, o Xbox Music estava preso à bolha da própria Microsoft. A partir de hoje, o serviço se expande para alcançar os milhões de usuários móveis com os novos apps para Android e iOS. E isso é apenas parte da atualização que ele recebeu, culminando com o novo app para Xbox […]

Quando foi lançado, ano passado, o Xbox Music estava preso à bolha da própria Microsoft. A partir de hoje, o serviço se expande para alcançar os milhões de usuários móveis com os novos apps para Android e iOS. E isso é apenas parte da atualização que ele recebeu, culminando com o novo app para Xbox One. Veja aqui um resumo do que esperar do novo Xbox Music no seu computador, smartphone e video game.

A história do Xbox Music até agora

Até agora, o Xbox Music estava disponível em uma versão suportada por anúncios no app nativo de música do Windows 8. Uma assinatura mensal de R$ 14,90 (ou anual, de R$ 149,90) do Xbox Music Pass dá acesso livre ao catálogo de 30 milhões de músicas sem a presença de anúncios, além de apps para Xbox e Windows Phone. Há poucas semanas atrás, o Xbox Music ganhou um web app, garantindo acesso a quem não estivesse a bordo do Windows 8. De repente, usuários do Mac ganharam uma forma de usufruir do serviço, mas não sem contratempos. A versão web não tem ainda, por exemplo, o Smart DJ (estações de rádio baseadas em artistas), ainda exclusivo do Xbox e Windows.

Acesso web se torna freemium e ganha novos recursos

A partir de hoje, a versão web do Xbox Music estará disponível em um modelo gratuito com anúncios idêntico ao que você terá com o app do Windows 8.1. O que talvez seja mais importante, porém, é que ele passou a ser um produto melhor. A barra lateral, que ficava tristemente vazia, agora está cheia, com playlists e recursos de rádio e descobertas de músicas. O primeiro (“Radio”) é um negócio similar ao Smart DJ, enquanto o último (“Explore”) é um link para a loja de músicas da Microsoft. Resumidamente: muitos recursos, mesmo para quem não é usuário dos outros produtos da Microsoft.

Apps para Android e iOS

Um ano depois de lançado, o Xbox Music finalmente está disponível para usuários móveis do iOS e Android, até então excluídos graças à decisão da Microsoft de manter o serviço apenas para a sua plataforma, o Windows Phone. Isso foi mais tardio do que você imagina. O gerente geral do Xbox Music, Jerry Johnson, me disse que o serviço possui mais usuários pagantes do que o Xbox 360 tem deles. Infelizmente, quando se fala em mobilidade, Android e iOS têm números expressivos, o que se traduz em vários usuários insatisfeitos por não terem acesso às músicas a partir dos seus smartphones. Sem acesso móvel, é fácil imaginar alguém deixando o Xbox Music de lado em prol de soluções multiplataforma, como Spotify ou Rdio.

Os apps vêm com suporte a playlists, rádio e artistas relacionados na forma de recomendações. Infelizmente, eles não dão suporte à execução offline — você precisará de uma conexão de dados (3G/4G ou Wi-Fi) para ouvir música em seu celular. A Microsoft diz que atualizações nos apps “dentro dos próximos meses” trarão o cache de músicas para ouvi-las desconectado. O lado positivo é que seja no Android, seja no iOS, o app traz o visual que se espera de cada plataforma. A Microsoft não tentou impôr a sua linguagem de design em outro ecossistema.

App do Windows 8.1 deixa Metro de lado em prol do visual web

Quando o Windows 8.1 for lançado, no dia 17 de outubro, o app com visual Metro do Windows 8 será substituído por um com interface idêntica à do novo web app do Xbox Music. O app Música original foi abandonado porque era ruim de usar. A navegação horizontal tem uma estética bacana e algumas vantagens funcionais vez ou outra, mas é ruim para vasculhar grandes acervos de músicas. (O novo app Música já está, na verdade, disponível no Windows 8.1 Preview, lançado em junho durante a conferência Build.)

A experiência no Xbox One

No Xbox One, o Music dará suporte a controles gestuais e por voz. Dentr os comandos suportados, estão “Xbox, toque música”, “Xbox, pause a música”, “Xbox, próxima música” e “Xbox, música anterior”. E, como acontece com o Xbox hoje, você poderá usar sua voz para acessar qualquer coisa que vir na tela. Será possível ouvir música enquanto se usa outros apps, o que significa que cortar o asfalto em Forza ao som daquela playlist de roadtrip não será problema.

Quando o Xbox One sair, no dia 22 de novembro, o app Música do console terá um visual mais limpo e atraente do que antes, além de expandir o conjunto de recursos para praticamente tudo o que já é possível em outras plataformas. A maneira com que esses recursos são implementados no app do console diz muito sobre aonde as prioridades de interface do Xbox caminham.

O Música se mantém fiel à rolagem horizontal do Xbox One no primeiro nível de interface. Você notará que a Microsoft, aparentemente, recai no mesmo erro do app original do Windows 8 ao forçar princípios de design que não são bons para o manuseio de grandes quantidades de conteúdo. Por outro lado, ao apostar nesse design, ela é forçada a cortar opções e simplificar funcionalidades. E embora isso não tenha ficado aparente nos produtos desktop, privilegiar rádios e playlists é, de fato, uma forma de tornar o app mais fácil de usar.

Quando você abre o Música, a adição mais notável é que você cai em uma tela inicial apropriada, que apresenta a você músicas tocadas recentemente e um botão de navegação rápida que o leva às playlists. Se quiser cair de cabeça na sua coleção, que é onde suas playlists ficam, ainda é possível, mas o ponto é que, se não quiser, você não precisa ir para áreas mais complexas e/ou cheias de opções se não quiser.

A tela seguinte à inicial é a Radio, que agora tem sua própria tela com estações tocadas recentemente e algumas recomendações. Novamente, a opção para criar uma nova estação está ali, mas para agilizar as coisas, o Xbox Music tenta eliminar a necesidade de pensar. Além dessas duas telas, estão os Destaques e a Top Lists, povoadas opr músicas populares entre todos os usuários que tenham mais a ver com as que você ouve. A descoberta de músicas aparecendo ali de uma forma bem sutil.

Estamos em construção

Há um ano, o Xbox Music não estava realmente pronto. Mesmo com todas as melhorias, ele ainda evoca algumas dúvidas. A competição com todos os diferentes serviços de streaming de música que existem por aí é complicada porque, na perspectiva do atual sistema de licenciamento, pode ser bem difícil escolher um.

E, de certa forma, este é o problema do Xbox Music: ele chegou atrasado, não tem nada especial e, na verdade, carece de recursos importantes e que seus concorrentes já oferecem. Por exemplo, o Xbox Music confia muito em rádios baseadas em artistas, mas apenas as oferece para audição inicialmente, sem personalizá-las de acordo com seus gostos. Se você pular uma faixa, o Xbox Music não capta a mensagem de que você não gostou de algo. Isso era o recurso mais básico desde que o Pandora surgiu, um milhão de anos atrás.

Por outro lado, há uma sensação quase palpável de que a equipe responsável pelo produto está trabalhando duro para melhorá-lo. A acessibilidade agnóstica (funciona em qualquer plataforma) é um ponto importante, e a pegada atual de simplificação do caminho entre abrir o app e começar a ouvir música é admirável.

O serviço contempla até mesmo alguns recursos inovadores. Com o lançamento do Windows 8.1 em outubro, haverá uma nova ferramenta de criação de playlists para o Xbox One feita diretamente no Internet Explorer. Usando a plataforma de dados de músicas expanda da The Echo Nest, o novo recurso permite a você criar playlists de músicas coletadas em páginas web em que você esteja a partir de nomes de artistas. Isso é legal! E, melhor ainda, pode ser o início de uma nova era de coisas melhores para o Xbox Music.

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