xCloud: um olhar incrível sobre a visão da Microsoft para o futuro dos jogos
Enquanto o Google já realizou dois eventos sobre o Stadia , sua grande aposta em jogos de streaming, a Microsoft tem sido um pouco mais discreta com o seu projeto de streaming de jogos, o xCloud. Ainda não sabemos muito sobre ele, mas no domingo (9) eu pude tocá-lo e vê-lo falhar.
O conceito por trás do xCloud não é novo. Os jogos são executados em um servidor na nuvem e transmitem um vídeo para o seu dispositivo. O streaming é tão simples que você nunca sente que o dispositivo em que está jogando está do outro lado do estado. Isso não é uma coisa fácil de fazer. A latência pode matar um jogo. Se você pressionar o botão de pular, mas o servidor não registrar esse salto em tempo, você não terá uma boa experiência com o jogo.
Sony, Nvidia e Shadow já têm transmitido jogos por um tempo – a Sony transforma seu PS4 em um servidor e depende da sua internet, enquanto a Nvidia e a Shadow colocam tudo em um servidor remoto. O xCloud, que vai ser testado publicamente em outubro , permitirá que você faça as duas coisas. Você poderá jogar remotamente a partir do seu próprio Xbox One ou poderá usar os servidores deles. A Microsoft me disse que os servidores são baseados em Azure (plataforma de computação em nuvem da Microsoft), mas o hardware é essencialmente um Xbox One.
Hellblade parece muito bom. Foto: Alex Cranz/Gizmodo
Então, o que os jogos transmitem para o servidor/Xbox? A Microsoft não divulgou suporte para iOS ou qualquer navegador, mas eu joguei o Halo e o Hellblade nos dispositivos Samsung S10 Plus conectados aos controladores do Xbox One. A Microsoft me disse que o xCloud atualmente funciona em dispositivos desde o Samsung Galaxy S7, mas pode ser executado em hardwares mais antigos também. Então, sabemos que o Android, pelo menos, é suportado.
Assim como acontece com outros serviços de streaming, uma banda larga ruim irá matar a experiência. Os representantes da Microsoft não me disseram exatamente qual conexão será necessária, mas ficou claro que a internet mediana do centro de convenções da E3 não era suficiente. Enquanto tentava jogar um jogo de corrida, uma janela apareceu dizendo que o jogo havia sido desconectado e se reconectaria momentaneamente.
RIP meu stream. Foto: Alex Cranz/Gizmodo
Momentos antes, um representante da Microsoft me garantiu que os celulares estavam conectados a uma rede Wi-Fi à parte para evitar problemas. Grandes convenções são geralmente lugares com Wi-Fi instável. Eu contei 26 redes Wi-Fi diferentes operando em sua capacidade total na área de demonstração, e isso não inclui pessoas conectadas a seus celulares ou redes Wi-Fi não listadas. É muito ruído, e quando há muita interferência assim, o Wi-Fi tem dificuldade para se conectar, e as velocidades caem abruptamente.
O que aconteceu com os dispositivos xCloud foi que alguém na área de demonstração estava operando no mesmo canal Wi-Fi e bagunçando a conexão com muita interferência. O ruído foi suficiente para que os jogos se desconectassem periodicamente. Outras vezes a qualidade caía e a imagem se transformava em uma bagunça pixelada. Impressionantemente, eu não morri nem notei uma falta de capacidade de resposta quando a conexão caiu (o total de desconexões foi outra história).
Eventualmente, a Microsoft teve de conectar cada dispositivo à internet com fio para garantir uma demonstração mais funcional. Tudo correu bem a partir daí. Jogabilidade agradável. Nenhum tiro perdido. Nenhum artefato feio. Apenas jogatinas tranquilas de Halo com qualidade de Xbox One, mas jogadas em um celular.
Mas com o xCloud tão dependente da internet, a demonstração também destacou o problema mais significativo que a Microsoft, o Google e todos os outros concorrentes enfrentam: a internet . Enquanto a internet representar um obstáculo, por quaisquer motivos, como um Wi-Fi ruim e congestionamento de rede, os jogos em nuvem serão uma incerteza. Talvez eu possa ser capaz de jogar Halo no meu celular em outubro, mas eu não vou poder levar o Halo comigo pra todo lado.