O YouTube (ainda) é a rede social mais popular entre jovens de 13 a 17 anos, segundo mostrou uma pesquisa do Pew Research Center, divulgada na quarta-feira (10). Apesar de ter sido feito nos EUA, o estudo ajuda a mostrar como está a aceitação das redes sociais mais novas, como o TikTok, em ascensão no país e também no Brasil.
Entre os 1.316 entrevistados, 95% dos jovens dizem usar o YouTube. O TikTok vem em seguida, com 67% de adesão. Seis em cada 10 jovens norte-americanos usam o Instagram e o Snapchat. Outras plataformas, como o Twitter e WhatsApp, são usadas por 32% dos adolescentes dos EUA.
O Facebook, por outro lado, caiu drasticamente no consumo desse público. Em 2014, uma pesquisa do mesmo instituto mostrou que 71% dos jovens usavam a primeira rede de Mark Zuckerberg. Agora, a fatia não passa de 32%.
De lá para cá, outras plataformas como a rede de vídeos Vine e Google+ já nem aparecem nas pesquisas: estão mortas e enterradas.
Diferenças demográficas
A pesquisa destaca uma diferença notória no consumo dos adolescentes em relação ao gênero e grupos sociais:
- Adolescentes homens: estão mais propensos a usar o YouTube, Twitch e Reddit.
- Adolescentes mulheres: estão mais propensas a usar o TikTok, Instagram e Snapchat.
- Adolescentes negros e latinos: estão mais propensos a usar o TikTok, Instagram, Twitter e WhatsApp em comparação com adolescentes brancos.
Outra diferença é sobre o acesso a dispositivos móveis: os adolescentes têm mais facilidade em acessar tecnologias hoje. Desde 2014, a proporção de jovens com smartphones subiu 22 pontos percentuais, de 73% para 95%. Isso não aconteceu com outros dispositivos, como desktops, laptops ou consoles de videogame.
Mas o acesso não é uniforme. Adolescentes de 15 a 17 anos (98%) são mais propensos a terem um smartphone do que aqueles com 13 e 14 anos (91%).
Em todos os casos, a renda familiar importa: jovens de famílias que ganham US$ 75 mil ou mais por ano têm mais chance de terem acesso a consoles, desktop e laptops que aqueles em que a renda familiar vai até US$ 30 mil anuais.
Tempo online
A Geração Z também fica muito tempo conectada. A maioria diz que usa pelo menos uma das plataformas “quase constantemente”, e que seria difícil sair das redes sociais. Três em cada 10 dizem usam demais as redes sociais, e que seria muito difícil deixá-las.
Por outro lado, 58% dos adolescentes que consideram o uso de mídia social “dentro do normal” dizem que seria “um pouco fácil” sair das redes caso necessário.
Estudos realizados com a Geração Alpha – que entra na adolescência em 2023 – mostram que os mais jovens tendem a passar menos tempo online e, por isso, podem crescer com menos interesse em mídias sociais. Será mesmo?