Ligações sucessivas de celular agora contam como uma única chamada
A partir desta quarta-feira (27), ligações sucessivas de celular feitas para o mesmo número não geram nova cobrança, independentemente de qual seja a sua operadora.
A medida foi decidida em novembro pela Anatel, mas passa a valer hoje. Agora, se uma chamada for interrompida no celular (por qualquer motivo) e você ligar para o mesmo número, seja ele fixo ou móvel, considera-se a nova chamada como parte da primeira.
Não importa o motivo para a interrupção da chamada: se o sinal caiu, a operadora cortou, você desligou por acidente, você se lembrou de dizer algo etc. E não haverá limites para a quantidade de ligações sucessivas. No entanto, você precisa retornar a ligação em menos de dois minutos.
Ela é válida para todos os planos de celular, mas muda dependendo da forma como você é cobrado. Se seu plano cobra por chamada, você não pagará uma nova tarifa: por exemplo, se você paga R$0,25 por ligação e ela cair, você pode continuar a chamada (ligando para o mesmo número) sem pagar nada a mais.
Se seu plano cobra por minutos, a nova ligação também será uma continuação da anterior. Isto significa que os minutos adicionais serão cobrados normalmente; no entanto, a taxa de chamada não será aplicada.
A decisão da Anatel veio após sua acusação de que a TIM derrubaria ligações “ilimitadas” de clientes Infinity – que cobra por chamada em vez de minuto – para forçar uma nova ligação. Em novo relatório, a Anatel diz que ligações ilimitadas da TIM têm o dobro de chance de caírem, em relação a chamadas cobradas por minuto. No entanto, a agência não acusa mais a TIM de derrubar ligações.
Desde o episódio com a TIM, a Anatel vem tomando medidas que visam melhorar a qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras no Brasil – como, por exemplo, quando Claro, Oi e TIM ficaram temporariamente proibidas de vender novas linhas. Até agora, porém, não foi isso o que aconteceu: um relatório da Anatel indica que o serviço de dados de todas as operadoras ainda está insatisfatório. [Anatel via Folha]
Foto por Danilo Urbina/Flickr