A chinesa Didi acaba de adquirir a 99, e é melhor o Uber ficar esperto

O ano de 2018 já começou quente no mercado de aplicativos de corrida no Brasil. A Didi Chuxing, segundo informam diversos veículos de comunicação nesta terça-feira, adquiriu a 99 e vai assumir o controle do app depois de operação que avaliou o serviço em US$ 1 bilhão, número que torna a 99 o primeiro unicórnio […]

O ano de 2018 já começou quente no mercado de aplicativos de corrida no Brasil. A Didi Chuxing, segundo informam diversos veículos de comunicação nesta terça-feira, adquiriu a 99 e vai assumir o controle do app depois de operação que avaliou o serviço em US$ 1 bilhão, número que torna a 99 o primeiro unicórnio do Brasil (termo usado quando o valor acima é alcançado por uma startup).

Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, os chineses pagaram R$ 960 milhões na compra da 99, que anteriormente, em maio do ano passado para ser mais específico, havia recebido aporte financeiro de US$ 100 milhões da Didi, em rodada que contou também com aporte de outros US$ 100 milhões da japonesa SoftBank (que é também acionista majoritária da Didi).

O investimento da Didi Chuxing no Brasil pode representar uma ameaça ao domínio que o Uber tem aqui no País. A chinesa, aliás, é a maior concorrente da empresa norte-americana, sendo uma das maiores startups de transporte do mundo. A Didi, em sua última rodada de investimentos, foi avaliada em US$ 56 bilhões.

A compra da 99 pela Didi representa uma movimentação estratégica. A expansão global da Didi incluiu a aquisição das operações do Uber na China, o que, como destaca o The Information, tornou a América Latina um mercado crucial para a empresa norte-americana. Em outros mercados, como no Sudeste da Ásia e na Índia, o Uber já vem enfrentando concorrência pesada de rivais apoiados pela SoftBank.

O The Information diz ainda que, desde o investimento de US$ 100 milhões no ano passado, a Didi tem compartilhado sua tecnologia com a startup brasileira. Essa simbiose deve ganhar ainda mais força agora que a chinesa é acionista majoritária da 99.

Resta saber se essa mais nova negociação, vai significar, a médio ou longo prazo, algum tipo de melhora na experiência dos usuários. O que seria ótimo, em um momento em que, estabelecidas, as empresas no ramo parecem colocar cada vez menos esforço em diversificar seu produto para atrair novos clientes.

[O Globo]

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