Facebook desativará a pouco utilizada assistente digital M no fim de janeiro

Lembra da assistente digital M do Facebook? Nem eu. E nem mesmo os próprios usuários que fizeram parte do beta da assistente, já que a rede social desativará a função no próximo dia 19. A assistente digital M era uma inteligência artificial em texto e parte integral do Messenger que começou a ser distribuída entre […]

Lembra da assistente digital M do Facebook? Nem eu. E nem mesmo os próprios usuários que fizeram parte do beta da assistente, já que a rede social desativará a função no próximo dia 19.

A assistente digital M era uma inteligência artificial em texto e parte integral do Messenger que começou a ser distribuída entre usuários selecionados do Facebook a partir de agosto de 2015. Ela entendia linguagem natural e aparecia como um novo contato na sua lista de contatos.

Facebook vai punir páginas que pedem para curtir, compartilhar ou marcar amigos
A grande resolução de Mark Zuckerberg para 2018 é fazer seu próprio trabalho

Sua principal diferença entre as assistentes baseadas em inteligência artificial era poder realizar tarefas para os usuários, como comprar produtos, entregar presentes, fazer reservas em restaurantes ou até organizar viagens e compromissos. A M poderia, por exemplo, sugerir o envio de flores para algum contato no Dia dos Namorados — ela encontraria uma lista de floriculturas e o usuário teria apenas que selecionar de qual gostaria de comprar. O restante era feito pela assistente.

Desde seu início, a assistente M foi oferecida para apenas 10 mil pessoas na região de San Francisco e, apesar de ter sido um serviço muito interessante para estes usuários, ela era mantida a um preço elevado para o Facebook – apesar de movida a inteligência artificial, a M era treinada e supervisionada por pessoas, como explicou David Marcus, gerente de produto do Facebook Messenger, em 2015.

E desde seu lançamento, a M não pareceu evoluir muito no quesito autonomia. Segundo informações da Wired, uma fonte familiarizada com a assistente estima que ela nunca obteve mais de 30% de automação.

Desta forma, quando ficou claro para a rede social que a M sempre precisaria de uma grande mão de obra formada por caros seres humanos, o projeto de expandi-la foi se tornando cada vez mais inviável.

O principal problema da M é que o Facebook não colocou limites no que poderia ser perguntado e pedido pelos usuários para a assistente — e eles faziam questões muito complexas, que precisavam da supervisão humana para serem respondidas. A Alexa da Amazon, por sua vez, prova ser um sucesso por manter as perguntas e pedidos a um punhado de limitadas questões que estão ligadas a fatos (como por exemplo o clima local) ou ao próprio marketplace da empresa.

Aspectos do projeto serão mantidos mesmo após o fim do serviço, de acordo com informações do The Verge. A M continuará, por exemplo, a sugerir opções de pagamento, criar planos e enviar adesivos pelo Messenger.

“Lançamos este projeto para entender o que as pessoas queriam e esperavam de uma assistente, e aprendemos muito”, disse o Facebook em um comunicado. E o experimento não foi em vão, já que o aprendizado com a assistente M será usado para melhorar outros projetos de inteligência artificial dentro do Facebook.

[Wired, The Verge]

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas