Firefox comemora dez anos fazendo de tudo para proteger sua privacidade
Há dez anos, em 9 de novembro de 2004, a Mozilla lançava a versão 1.0 do Firefox. Ele evoluiu bastante nesse meio tempo, enfrentando a forte concorrência do Internet Explorer e Google Chrome. Para comemorar o aniversário, a Mozilla anunciou diversas iniciativas para defender sua privacidade.
Isto parece uma tarefa difícil em tempos pós-Snowden, mas é o que diferencia o Firefox de outros navegadores que coletam informações sobre você.
E, pelo visto, é algo que os usuários querem: uma pesquisa encomendada pela Mozilla aponta que 74% das pessoas acha que empresas de internet sabem muito sobre elas, e 54% fizeram algo online que gostariam que fosse esquecido. A pesquisa global foi feita no Brasil, Índia, Alemanha, França, Espanha e Grã-Bretanha.
Para evitar que você seja bisbilhotado, a Mozilla anunciou as seguintes novidades para o navegador:
- o motor de busca DuckDuckGo vem pré-instalado no Firefox para Windows, Mac, Linux e Android – ele faz buscas anônimas e não deixa cookies;
- um botão Esquecer apaga o histórico e cookies dos últimos cinco minutos, duas horas ou 24 horas;
- uma colaboração com o Tor Project vai facilitar o uso do Tor, que requer o Firefox para funcionar – ele redireciona seu tráfego da internet para que não consigam rastreá-lo de volta até você;
- um experimento vai avaliar “como podemos oferecer um recurso que protege os usuários de rastreamento invasivo, mas sem penalizar anunciantes e sites de conteúdo que respeitem as preferências do usuário”, dentro da nova iniciativa Polaris.
Para desenvolvedores
A Mozilla também anunciou o Firefox Developer Edition, voltado para desenvolvedores web. Ele tem ferramentas para simular outros navegadores – por exemplo, Chrome para Android e Safari para iOS – e testar como eles rodarão as páginas web. Funciona assim:
Andreas Gal, diretor técnico da Mozilla, reuniu as principais tecnologias que a organização criou – e está criando – para a web. Por exemplo, eles foram os responsáveis pelo WebGL, que permite ao navegador renderizar imagens 3D sem plugins.
Eles também estão trabalhando no WebRTC (para videochamadas sem plugins) e em uma API para reconhecimento de voz com o brasileiro André Natal.
O Firefox foi uma salvação para a web ao romper o monopólio do Internet Explorer 6, mas a missão dele ainda não acabou. Como diz Chris Beard, CEO da Mozilla: “nós não terminamos… estamos apenas começando”. Você pode baixar o Firefox aqui. [Mozilla Blog]
Imagem do Mozilla 1.0 via Wikipédia