Google compra área de criação de celulares da HTC por US$ 1,1 bilhão
Depois de uma sequência de bons celulares que não venderam bem e da queda vertiginosa do valor das ações que fez com que a HTC fosse retirada do maior índice de ações de Taiwan, o Google finalmente coloca um ponto final em meses de especulações. Porém, não irá comprar a empresa, como os rumores indicavam. Na verdade, o Google está comprando a equipe da HTC que está por trás do desenvolvimento do smartphone Pixel do ano passado, e obtendo o uso (não exclusivo) da propriedade intelectual da companhia. Tudo isso pelo valor de US$ 1,1 bilhão.
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De acordo com o comunicado à imprensa da HTC que foi liberado no final da noite de quarta-feira (20), o negócio envolve “um acordo definitivo no qual alguns empregados da HTC – muitos dos quais já estavam trabalhando com o Google para desenvolver smartphones Pixel – se juntarão ao Google”.
“A HTC receberá US$ 1,1 bilhão em dinheiro do Google como parte da transação”, continua o comunicado. “Separadamente, o Google receberá uma licença não-exclusiva para a propriedade intelectual da HTC”.
Antes haviam fortes rumores de que o Google iria adquirir a HTC definitivamente para entrar a fundo no mercado de hardware e ganhar o mesmo tipo de controle completo que a Apple possui com seus iPhones. Em vez disso, o Google está comprando muitas das mentes por trás do design de seu celular.
Esse novo acordo significa que a HTC não está morta. Parte da empresa continuará desenvolvendo o Vive e avançando com o negócio de realidade virtual, cujo a HTC transformou em uma subsidiária integral no ano passado 2016. A HTC diz também que continuará trabalhando em tecnologia mobile, incluindo um sucesso do smartphone apertável U11, lançado neste ano.
“A HTC permanece completamente comprometida aos nossos negócios de smartphones, seguindo o lançamento bem sucedido do topo de linha HTC U11 no começo deste ano, e atualmente estamos trabalhando em nosso próximo topo de linha”, disse o vice-presidente de comunicações e mídias sociais da HTC Vive, Patrick Seybold, ao Gizmodo. “Nosso planejamento de produtos para 2018 é bem animador. A HTC também continuará a desenvolver o ecossistema de realidade virtual para fazer o nosso negócio Vive crescer, enquanto investiremos nas tecnologias da próxima geração, incluindo Internet das Coisas, Realidade Aumentada e Inteligência Artificial”.
Com uma grande parcela dos designers e engenheiros da HTC migrando para o Google, será interessante ver como ficará o próximo celular da marca, ou até mesmo se ele realmente irá vingar. Será interessante ver também o que o Google fará com todos esses novos talentos de Taiwan. Independente de quais smartphones surjam a partir desse acordo, teremos que esperar até o ano que vem para vê-los.
Imagem do topo: HTC