Nubank passa a valer US$ 500 milhões com nova rodada de investimentos
O Nubank, empresa brasileira de serviços financeiros, recebeu um novo aporte de US$ 54 milhões (ou R$ 208 milhões) de três venture capitalists: Founders Fund, Sequoia Capital e Kaszek Ventures. Segundo fontes do The New York Times, a rodada faz com que a companhia brasileira tenha valor de mercado de US$ 500 milhões — ou, se você preferir, podemos dizer que é um startup bilionária considerando o atual câmbio de R$ 4,00.
Chama a atenção que este parece ser o primeiro aporte da Founders Fund no Brasil, que é capitaneada pelo empresário Peter Thiel, responsável pelo primeiro grande investimento no Facebook e cofundador do PayPal. Outro ponto importante do negócio destacado pela publicação americana é a situação econômica do país, que prevê recessão para o ano de 2016.
Ao Gizmodo Brasil, o Nubank confirmou o investimento de série C de R$ 208 milhões (ou US$ 54 mi). No entanto, a empresa afirmou que não fala em valor de mercado.
Sobre o Nubank, diz o NYT:
O Nubank, que foi fundado por um ex-parceiro da Sequoia Capital, David Velez, e fornece um cartão de crédito digital “gerenciado” por smartphones, está tentando atrair consumidores de bancos brasileiros muito lucrativos, que até então pareciam ser intocáveis.
A companhia tem passado sem dificuldades por um cenário de economia moribunda e vulnerável sofrido pelo país nos últimos anos, e também passou intacta por políticas de governos de esquerda que estão no poder desde 2003. Parcialmente, isso ocorre em função das altíssimas taxas de juros brasileiras. A atual taxa base de juros, a Selic, está em 14,25% ao ano.
Pelo visto, o Nubank tem se dado muito bem, apesar do cenário brasileiro. A startup brasileira não dá detalhes do número de usuários. Em setembro de 2015, a companhia disse que cerca de 500 mil pessoas já tinham pedido o cartão físico da plataforma, que combina tecnologia e serviços financeiros.
Vamos ver como serão os próximos passos da startup, que usa uma tática à la Orkut de convites para uso. Após baixar o app para smartphone, a pessoa passa por um processo de análise. Na sequência, vem todo um processo de inserção de dados — ao solicitar o meu no ano passado, lembro-me de ter que tirar uma selfie e tirar fotos de documentos de identificação (além de inserir alguns dados). Após todo este processo, finalmente, o cartão chega em casa.
O bacana do cartão é que o usuário não paga anuidade e tem um controle completo de seus gastos diretamente no aplicativo para smartphone. Além disso, o atendimento via chat costuma ser bem bom, e tarefas, como bloqueio do cartão ou adiantamento de fechamento de fatura, são rapidamente resolvidas com apenas alguns toques no aparelho.
Atualizado às 15:10
[NYT]