Uma pintura de 118 anos foi encontrada na Antártica escondida por cocô de pinguim
Notícias fantásticas: o New Zealand Antarctic Heritage Trust recuperou uma pintura em aquarela de 118 anos de idade de um famoso explorador polar, Dr. Edward Wilson. A pintura estava quase perfeitamente preservada, mas escondida entre poeira, mofo e cocô de pinguim. Aparentemente, penguins não ligam muito para as belas artes.
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A conservadora de papel do Antarctic Heritage Trust, Josefin Bergmark-Jimenez encontrou a pintura enquanto limpava uma cabana em Cabo Adare. Ela estava vasculhando através do portfólio, provavelmente coberto de cocô, quando encontrou o tesouro escondido de Wilson. A pintura chamada “1899 Tree Creeper”, nome de uma espécie de pássaro de bico curvo que procura insetos nas cascas das árvores.
“Eu abri e tinha essa pintura maravilhosa”, ela disse em uma declaração. “Eu tomei um susto que pulei e fechei o portfólio de novo. Então eu tirei a pintura e não conseguia parar de olhar para ela, as cores, a vibração, é uma obra de arte tão linda. Eu não conseguia acreditar que estava lá”.
Edward Wilson era um médico inglês que ficou mais conhecido por suas proezas artísticas. Durante seu tempo na Antártica, ele esboçou e pintou muito da fauna local, alguns deles estão no The Wilson Cheltenham Art Gallery and Museum. Infelizmente, Wilson morreu em 1912, voltando para a Europa do Pólo Sul.
Lizzie Meek, diretora do programa e conservadora do grupo, acha que Wilson pintou o pássaro quando estava em um período difícil.
“É provável que Wilson tenha pintado ele enquanto estava se recuperando de tuberculose na Europa”, ela disse. “Claramente, ele poderia ter levado a pintura para a Antártica em qualquer uma das expedições mas nós achamos que é mais provável que o trabalho tenha viajado com ele em 1911, e de alguma forma seguiu caminho do Cabo Evans para o Cabo Adare”.
Estamos felizes que o New Zealand Antarctic Heritage Trust tenha conseguido encontrar essa obra, mesmo que seja apenas um passarinho escondido na titica de pinguim.
Imagem do topo: Antarctic Heritage Fund