Plutão continua a não ser um planeta, mas ele é maior do que imaginávamos
Plutão, o pequenino do nosso sistema solar e o ex-planeta favorito de todo mundo, não é tão pequeno quanto previam os cientistas.
A sonda nuclear New Horizons da NASA, lançada em 2006, viajou 4.88 bilhões de quilômetros por quase um década para capturar essas novas informações. Aparentemente, o diâmetro de Plutão é equivalente a cerca de 2.370 km — 80 km a mais do que diziam as estimativas anteriores.
“Ah ha!”, você deve dizer. “Então devolva a carteirinha de planeta a ele! Afinal, ele é um planeta de verdade!”. Quero dizer, se ele é maior, isso deve valer alguma coisa, certo?
Errado. Infelizmente, quando 5% dos astrônomos do mundo votaram na reclassificação de Plutão, em 2006, não foi o tamanho que determinou a equivalência dele como planeta, mas, sim, a proximidade de Plutão com outros objetos espaciais, como “plutinos”. Eles são pequenos demais para serem considerados planetas sozinhos, mas junto de Plutão, eles formam uma área conhecida como Cinturão de Kuiper. Os outros oito planetas do nosso sistema solar “limparam a região” que os orbita.
A sonda nuclear New Horizons chegou nesta terça-feira (14) à menor distância possível de Plutão: 12.500 quilômetros. Foram nove anos para chegar até aí, a distância mais próxima que a sonda pode alcançar. A sonda vai agora colher dados sobre a superfície e temperatura de Plutão e os enviará de volta à Terra na noite de hoje. Existe, no entanto, a possibilidade dela ser destruída por detritos que circulam pelo Cinturão de Kuiper — a chance de destruição é de 1 em 10.000, segundo informações da NASA.
Mas independente da sonda ser destruída ou não, a boa notícia é que a descoberta “encerra o debate sobre o maior objeto na Cinturão de Kuiper”, diz Allan Stern, Diretor Investigador da New Horizons, em um vídeo da NASA.
É bom saber que Plutão é considerado o grandalhão em algum lugar da galáxia. [Reuters, NASA]
Foto de capa: NASA