A maioria dos smartphones e tablets no mercado têm um processador cujo design foi feito pela empresa britânica ARM. Por isso, quando ela diz como será o futuro dos chips móveis, é melhor prestar atenção.
A microarquitetura Cortex-A72 promete 3,5 vezes o desempenho de núcleos Cortex-A15, usados no Nvidia Tegra K1 e em chips Samsung Exynos 5.
Ao ser fabricado em um processo de 16 nm, o processador ainda consome 75% menos energia durante tarefas pesadas.
Ele ainda promete o dobro de velocidade se comparado a chips com microarquitetura Cortex-A57 – é o caso do Snapdragon 810 e Samsung Exynos 7.
O novo processador vem acompanhado por um chip gráfico Mali-T880, que é cerca de 1,8 vezes mais rápido que a opção mais potente da ARM.
Toda essa velocidade terá algumas aplicações interessantes. A ARM diz que seus chips permitem gravar vídeo 4K em câmera lenta, a 120 quadros por segundo. E graças ao menor consumo de bateria, smartphones e tablets podem ser mais finos.
Mas isso pode nos trazer tecnologias melhores de bateria? Bem, a ARM não faz baterias. Na verdade, ela nem fabrica os processadores: a ARM cria os designs e os licencia para dez empresas – Qualcomm, Samsung, Apple, Rockchip, Mediatek, entre outras.
Infelizmente, esses chips devem demorar um pouco para chegarem ao mercado. Essas empresas precisam de algum tempo para adaptar os novos designs e fabricá-los; por isso, os chips Cortex-A72 só devem estrear no início de 2016.
Enquanto isso, a Intel se esforça para ganhar espaço nesse mercado, basicamente pagando às fabricantes para que usem seus chips móveis. A empresa teve lucro em 2014 graças à divisão de PCs e data centers, mas a área de processadores móveis amargou um prejuízo de US$ 4,2 bilhões, maior que no ano anterior. [Ars Technica e PC World]
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