As redes sociais não estão prejudicando as notas dos estudantes, diz pesquisa

A crença de que o Facebook, Twitter e Instagram estão estragando a mente da juventude pode não estar tão certa, de acordo com uma recente análise publicada na revista Educational Psychology. Em alguns casos, as mídias sociais podem até ajudar os jovens tirarem notas melhores. • Avião da Segunda Guerra Mundial é descoberto graças a […]

A crença de que o Facebook, Twitter e Instagram estão estragando a mente da juventude pode não estar tão certa, de acordo com uma recente análise publicada na revista Educational Psychology. Em alguns casos, as mídias sociais podem até ajudar os jovens tirarem notas melhores.

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Pesquisadores alemães analisaram 59 estudos publicados e não-publicados que examinavam a relação entre o desempenho acadêmico e o uso de mídias sociais. Os estudos envolveram, ao todo, quase 30 mil estudantes do ensino médio e de universidades de 19 locais, de 2009 a 2016. Dos 59 experimentos, 30 foram conduzidos nos Estados Unidos.

Eles encontraram uma correlação muito pequena entre o uso de mídias sociais e notas baixas, e um efeito um pouco maior entre aqueles que regularmente tentavam usar as redes sociais enquanto estudavam.

Eles também descobriram que o uso geral das redes não estava associado com menos tempo de estudos – em outras palavras, os estudantes passavam praticamente a mesma quantidade de tempo estudando, independente do fato de estarem ou não no Instagram.

E como os pesquisadores esperavam, existe uma pequena correlação entre notas melhores e uso intenso de redes sociais, mas apenas quando o uso da internet era utilizado para discutir as tarefas e outros tópicos relacionados com a escola.

“As preocupações a respeito das consequências desastrosas dos sites de redes sociais na performance escolar são infundadas”, disse o autor sênior Markus Appel, psicólogo da Universidade de Würzburgo, na Alemanha, em um comunicado. Os pesquisadores sugerem que “as atividades de redes sociais na verdade não possuam nenhuma relação com os resultados acadêmicos”.

Quanto aos alunos cujos hábitos na internet parecem relacionados com notas piores, Appel observou que as descobertas não dizem muito sobre essa ligação. Pode ser o caso de que alguns alunos passem a ir mal na escola e então comecem a ficar mais tempo nas redes sociais, em vez de as mídias sociais serem uma das razões pelas quais as notas pioraram. Em ambos os casos, porém, a conexão era bastante pequena.

“Não podemos responder a esta pergunta. Ambas direções de causa e efeito são possíveis, mas não são muito pronunciadas”, disse Appel.

Apesar dos resultados, Appel e seus colegas não defendem que os pais deixem de acompanhar o que seus filhos fazem na internet. “No entanto, os pais devem se interessar pelo que seus filhos estão fazendo nas mídias sociais, conhecer as redes sociais e estar dispostos a entender os padrões de uso”, afirmou. “Quanto mais abertos os pais estiveram relação às atividades de seus filhos na internet, melhor eles poderão se comunicar com eles”.

Porém, embora as redes sociais não tenham um grande impacto nas notas, o uso intenso parece afetar outros aspectos da vida dos adolescentes. Um estudo publicado em janeiro descobriu que os adolescentes sofreram uma queda recente em sua auto-estima e felicidade – que se alinha muito bem com a presença dos smartphones.

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