[CES 2014] Os smartwatches ainda precisam trilhar um longo caminho

2014 pode ser o ano dos relógios de pulso inteligentes. No ano passado tivemos o bem-sucedido Pebble e o fracassado Galaxy Gear, mas – se a CES indica alguma coisa – agora veremos um esforço enorme, vindo inclusive de empresas pequenas, para deixar seu pulso mais esperto. Vejamos alguns dos smartwatches apresentados aqui em Las […]

2014 pode ser o ano dos relógios de pulso inteligentes. No ano passado tivemos o bem-sucedido Pebble e o fracassado Galaxy Gear, mas – se a CES indica alguma coisa – agora veremos um esforço enorme, vindo inclusive de empresas pequenas, para deixar seu pulso mais esperto. Vejamos alguns dos smartwatches apresentados aqui em Las Vegas.

A receita básica para esses relógios é a seguinte: coloque conectividade Bluetooth, talvez algum sensor de movimento, uma tela e voilà! Está pronto o smartwatch. Mas, claro, algumas empresas vão mais longe – e outras vão longe demais.

Pebble Steel

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O Pebble Steel é a versão de metal do conhecido smartwatch que já vendeu mais de 300.000 unidades. Com sua boa duração de bateria e grande apoio de desenvolvedores, ele já está encaminhado, ao contrário dos novatos. Saiba mais sobre ele aqui.

Cogito

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A ConnecteDevice é uma empresa da França, onde é feito o design dos relógios, mas a parte inteligente é elaborada nos EUA. São três modelos – CooKoo, Cogito Pop e Cogito – que custam a partir de US$ 129. Todos eles se conectam ao smartphone iOS ou Android via Bluetooth Low Energy; exibem notificações de ligações, redes sociais, SMS etc.; e permitem controlar o player de música e tirar fotos com a câmera remotamente.

Ao contrário de outros smartwatches, estes não precisam de uma bateria especial: funcionam com a mesma pastilha usada em relógios comuns. No entanto, as notificações trazem pouquíssima informação: apenas um ícone que se acende na face do relógio. Chegou e-mail? Aparece um ícone de carta. Mas de quem é, qual o assunto? Você precisa sacar o smartphone para saber.

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Andres Mugira, gerente de vendas da ConnecteDevice, nos diz que pode firmar parceria com a iPlace para vender esses smartwatches no Brasil.

Martian Notifier

O Martian Notifier avança um pouco no que o Cogito faz. Há uma pequena tela OLED integrada à parte frontal do relógio que exibe a data, previsão do tempo e notificações – incluindo ligações perdidas, SMS, redes sociais, notícias e outros.

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Ele se conecta a smartphones iOS e Android através de Bluetooth Low Energy, e permite personalizar os alertas de vibração: por exemplo, ele faz três vibrações curtas para e-mail, e duas longas para ligações perdidas. Ele custará US$ 129 quando for lançado e a previsão é de que ele saia até junho.

A Martian também possui outros modelos de smartwatch – Passport, Victory e G2G – com alto-falante e microfone, que permitem enviar comandos de voz para o smartphone – usando a Siri no iPhone 4S ou superior, ou o S Voice em aparelhos Samsung. E sim, você pode atender ou realizar ligações com eles.

Por fora, no entanto, eles seguem o mesmo modelo: relógio analógico acompanhado por um pequeno visor OLED. Eles custam a partir de US$ 249.

MyKronoz

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Quem seria melhor para criar relógios de pulso do que os suíços? A MyKronos foi fundada na Suíça há um ano com o objetivo de criar smartwatches mais bonitos.

Eles começaram de forma simples, com o ZeWatch (acima): ele se conecta ao iPhone ou Android via Bluetooth, exibe ligações recebidas em sua tela OLED e… serve para atender chamadas. Sim, ele tem microfone e alto-falante, assim como o Galaxy Gear. A bateria dura 72 horas em standby, segundo a empresa. Ele custa 69 euros (cerca de R$ 225).

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O ZeNano (ao centro) vai um pouco mais longe: além de receber, você também pode fazer chamadas. Ele ainda inclui pedômetro, rádio FM, e exibe alertas de SMS, Gmail e calendário, caso seu smartphone seja Android. É possível trocar a pulseira, e conectar fones de ouvido para ouvir música. Ele custa 129 euros (cerca de R$ 420).

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O ZeSplash é uma versão melhorada do ZeNano, com touchscreen capacitiva e resistência à água. No entanto, assim como o outro modelo, ele roda um software que parece bastante genérico – e para um smartwatch, o software é tão importante quanto o design. Ele será lançado no segundo trimestre, ainda sem preço definido.

NextONE

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Você queria comprar um Galaxy Gear, mas o acha muito caro? Sorte sua: a empresa chinesa YiFang Digital criou basicamente um clone do smartwatch da Samsung, chamado NextONE. A interface é quase idêntica!

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Ele se conecta a seu smartphone Android usando Bluetooth 4.0, e exibe alertas para ligações, SMS, e-mail e ainda inclui pedômetro para acompanhar sua atividade física. A empresa promete lançá-lo até março por US$ 100.

Neptune Pine

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Para seu smartwatch funcionar, você precisa de um smartphone. Mas e se você não tiver um? Ora, basta usar um smartphone no seu pulso!

Sim, o Neptune Pine funciona de forma totalmente independente. Ele tem processador Snapdragon S4 dual-core e 512 MB de RAM; nós navegamos pela interface e até jogamos Angry Birds nele, sem notar qualquer engasgo. Acertar os botões da interface, no entanto, é meio difícil – eles ficam muito pequenos. O Pine roda Android 4.1 Jelly Bean, e vem com Google Play.

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Por que o Pine não é um tablet em miniatura? Bem, porque ele tem entrada para chip de celular, alto-falante e microfone – sim, dá para realizar chamadas com ele. Além disso, temos Wi-Fi, NFC, Bluetooth 4.0, e duas câmeras – frontal VGA e traseira de 5 megapixels com flash.

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Sua touchscreen capacitiva de 2,4″ fica gigantesca no pulso, e seus 320×240 pixels não são totalmente nítidos, mas talvez a resolução baixa garanta que a bateria do Pine dure até seis dias. Ele é bem grosso, no entanto: são 14,2 mm de espessura.

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A Neptune recebeu US$ 800.000 via Kickstarter (depois de pedir por US$ 100.000) para criar o smartphone de pulso. Quem apoiou o projeto no ano passado vai receber o Pine no final de janeiro; quem entrar na pré-venda – disponível para o mundo inteiro – o receberá em março. Ele custa US$ 335 na versão de 16 GB, e US$ 395 na versão de 32 GB.

Freescale WaRP

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Este não é um smartwatch: na verdade, é um hardware básico para criar um deles. Seguindo a linha do Raspberry Pi, a Freescale oferece um kit simples com quatro componentes: um circuito com o processador, um circuito com sensores, bateria e tela e-Ink ou LCD.

O processador i.MX 6SoloLite tem um núcleo que chega a 1 GHz, baseado na arquitetura ARM. Há também um módulo para conectividade Bluetooth e Wi-Fi. Os sensores incluem bússola, acelerômetro, pedômetro, e carregamento sem fio da bateria. O WaRP vem com Android 4.3 e uma SDK para desenvolvedores.

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O Freescale WaRP estará disponível para compra no segundo trimestre por US$ 149.

[Felipe Ventura está em Las Vegas cobrindo a CES para o Gizmodo Brasil]

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