Vale do Silício está pronto para gastar mais alguns milhões em sua obsessão antienvelhecimento

A famosa aceleradora de startups Y Combinator, do Vale do Silício, emitiu um chamado, neste mês, para empresas trabalhando para “ajudar as pessoas a viverem de forma mais saudável por mais tempo”. Se você for um cientistas ou empreendedor que quer aumentar a longevidade humana e a saúde, a Y Combinator vai te dar até […]

A famosa aceleradora de startups Y Combinator, do Vale do Silício, emitiu um chamado, neste mês, para empresas trabalhando para “ajudar as pessoas a viverem de forma mais saudável por mais tempo”. Se você for um cientistas ou empreendedor que quer aumentar a longevidade humana e a saúde, a Y Combinator vai te dar até US$ 1 milhão para fazer isso.

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“Pense nisso como tratar doenças que pioram com a idade”, disse o presidente da Y Combinator, Sam Altman (da imagem acima), em entrevista ao Gizmodo. “Acho que isso ajuda as pessoas bastante, obviamente, e vai levar a empresas muito valiosas.”

O investimento no Vale do Silício está, cada vez mais, se voltando para a biologia humana. Faz sentido: certamente, tem muito dinheiro a se ganhar com isso. Um dos primeiros investimentos biotecnológicos da Y Combinator, a Ginkgo Bioworks, já levantou mais centenas de milhões de dólares para financiar seu negócio de projeção de micróbios. A saúde se tornou um foco dos grandes agentes da indústria de tecnologia, de Mark Zuckerberg a Elon Musk, que veem o corpo como a próxima grande coisa a se hackear. Se o corpo é apenas uma máquina, então, certamente, milhões de dólares em pesquisa vão, um dia, encontrar sucesso no objetivo de tornar preocupações mortais, como a morte em si, opcionais.

Nos últimos anos, esquemas antienvelhecimento apoiados pelo Vale do Silício foram desde plausíveis (criar novos órgãos a partir do seu próprio DNA) a diretamente vindos da ficção científica (injetando sangue e células-tronco novos em corpos velhos). É claro, o primeiro financiamento em biotecnologia da Y Combinator é focado no envelhecimento, mas “isso não se trata de viver para sempre”, disse Altman.

Esse capital será bem-vindo em um campo que, na verdade, não recebe muito financiamento. Vários dos piores padecimentos da humanidade estão ligados ao envelhecimento. Em laboratórios de pesquisa, existe, cada vez mais, um foco em estudar como o corpo envelhece e por que, para entender melhor algumas das doenças causadas por isso. Por exemplo, a metformina, um remédio popular para diabetes, atualmente é testada para ver se também estende a vida humana. Uma teoria atual é que ela funciona para tratar o diabetes porque está, na verdade, tratando os sintomas do envelhecimento. Entender mais os fundamentos básicos do envelhecimento poderia revelar novos caminhos para tratar uma série de doenças.

A Y Combinator não é a única empresa de capital de risco do Vale do Silício a recentemente dobrar seus esforços nas ciências da vida. No mês passado, Andreessen Horowitz anunciou seu segundo financiamento biotecnológico, um investimento de US$ 450 milhões na intersecção de biologia e engenharia. A Y Combinator começou a assumir empresas de biologia em 2014, mas essa é sua primeira chamada dedicada a empresas de biotecnologia.

Altman diz que os avanços na ciência foram o que motivaram o investimento agora. Criar um tratamento popular não é a mesma coisa que construir um software inovador. A inovação na biologia leva tempo, muito fracasso e uma navegação cuidadosa em meio a regulações lentas. Nada perto do ritmo “mova-se rápido e quebre coisas” que frequentemente atrai capital de risco.

Agora, no entanto, Altman diz que “o custo e o tempo de ciclo caíram bastante, o que é muito importante para startups”.

As empresas bio da YC estarão em um caminho especial, como a YC AI, recebendo mais investimento do que o normal (algo entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão) por uma participação maior nas ações (entre 10% e 20%). A Y Combinator está interessada em empresas com ideias radicais para como tratar o envelhecimento e também novas abordagens em tratamentos para doenças como o Alzheimer.

Imagem do topo: Getty

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