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Existem 100 milhões de planetas que podem ter vida complexa na nossa galáxia, dizem cientistas

Uma equipe internacional de astrônomos e astrobiólogos publicou um novo estudo que sugere a possibilidade de vida complexa em outros mundos. Os cálculos deles apenas na Via Láctea são impressionantes: são 100 milhões de mundos na nossa galáxia que podem abrigar vida extraterrestre complexa. Cem. Milhões. É muita coisa – mas talvez seja um pouco […]

Uma equipe internacional de astrônomos e astrobiólogos publicou um novo estudo que sugere a possibilidade de vida complexa em outros mundos. Os cálculos deles apenas na Via Láctea são impressionantes: são 100 milhões de mundos na nossa galáxia que podem abrigar vida extraterrestre complexa. Cem. Milhões.

É muita coisa – mas talvez seja um pouco decepcionante considerando que a) existem 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra na nossa galáxia e b) esses mundos estão longe demais de nós. Também lembre-se que, segundo os autores, “esse estudo não indica que a vida complexa exista nesses planetas, e sim que as condições seriam propícias para vida alienígena complexa.”

Mas, mesmo sabendo disso, ainda acho a estimativa bastante impressionante. Especialmente considerando que inclui apenas uma galáxia – e existem 500 bilhões delas pelo universo.

A possibilidade de evolução de vida complexa em outros planetas

O estudo apóia “a visão de que a evolução de vida complexa em outros mundos é rara em frequência, mas grande em número absoluto”, e contém a primeira “avaliação de vida complexa no universo usando dados empíricos” plausível.

É uma avaliação feita a partir de uma necessidade. A busca por mundos que contenham vida é atualmente o campo mais importante de investigação na astronomia, e talvez até mesmo o mais importante na ciência. A descoberta de novos mundos que possam abrigar vida complexa não apenas é vital para a nossa sobrevivência como espécie, mas pode ser chave para responder uma das mais transcendentais questões que encaramos como espécie: estamos sozinhos no universo?

Para fazer os cálculos, a equipe liderada por Louis Irwin – do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade do Texas em El Paso, nos EUA – desenvolveu um índice chamado Índice de Complexibilidade Biológica (BCI, na sigla em inglês), que cria um ranking de corpos planetários – incluindo luas – com base em descobertas feitas com a nossa tecnologia atual. De acordo com o paper, o índice foi “projetado para oferecer uma estimativa quantitativa de probabilidade relativa de que formas de vida complexas podem surgir em outros mundos.”

Eles acreditam que apenas 11 dos mais de 1.700 planetas já descobertos na Via Láctea têm um BCI maior do que a lua Europa, de Júpiter. Não parece muita coisa, mas quando levamos em consideração a estimativa de planetas na nossa galáxia, “o total de planetas pode superar os 100 milhões apenas na nossa galáxia.”

O artigo foi publicado na Challenges of Astrobiology por Louis Irwin em parceria com Abel Méndez (do Laboratório de Habitabilidade Planetária da Universidade de Porto Rico em Arecibo), Alberto G. Fairén (do Departamento de Astronomia na Universidade de Cornell) e Dirk Schulze-Makuch (do Centro de Astronomia e Astrofísica na Universidade Técnica de Berlim).

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