4 razões para ficar otimista no 3º ano de Covid

Entramos no 3º ano de pandemia. Com o estágio atual da Covid-19 no mundo, já dá para falar em "luz no fim do túnel"?
Pandemia
Imagem: Kelly Sikkema/Unsplash/Reprodução

Março de 2022. Estamos entrando no terceiro ano desde que a pandemia de Covid-19 foi declarada pela ONU. Ainda não é o momento de respirar aliviado, é verdade. Mas já há razões para ver uma luz no fim do túnel?

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Em entrevista à Forbes, cientistas listaram razões pelas quais podemos manter o otimismo. Confira algumas delas. 

O pior (provavelmente) já passou

Estamos caminhando para um problema de saúde menos letal. Em 2021, o Brasil chegou a registrar mais de 4 mil mortes por Covid-19 em um único dia, com a média móvel atual ficando abaixo de 400. 

O número ainda é considerável, mas as medidas de prevenção, testagem e vacinação parecem estar contribuindo para a derrocada da doença. É possível que os surtos se tornem esporádicos, com casos sazonais “parcialmente relacionados ao status da vacina em diferentes regiões”, como explicou Robert Wachter, presidente do Departamento de Medicina da Universidade da Califórnia, nos EUA.

Claro, para que isso se mantenha, é importante que não surjam novas variantes muito mais letais ou contagiosas do Sars-CoV-2 — algo que é impossível de prever. Uma cepa capaz de driblar a vacina poderia colocar todos os esforços feitos até agora em cheque. É por isso, inclusive, que ainda é cedo para diminuir o status de pandemia para endemia.

A vacinação está avançando

Tudo que foi falado anteriormente só foi possível por causa delas: as vacinas. De acordo com a base de dados Our World in Data, 84,07% dos brasileiros receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19.

O número é um pouco menor quando olhamos para a distribuição global do imunizante. No total, 63,8% da população mundial recebeu ao menos uma dose da vacina, havendo ainda uma grande lacuna a ser preenchida nos países de baixa renda. 

Lembra das variantes citadas anteriormente? Há maiores chances delas surgirem em locais com baixo índice de vacinação. Por conta disso, os países desenvolvidos não devem ignorar a pandemia ao redor do mundo.

Estamos preparados para novos surtos

No começo da pandemia, enfrentamos algumas dificuldades. Não estava claro se usar máscaras resolveria o problema, qual material era mais indicado para a proteção ou mesmo se deveríamos lavar as compras ao chegar do mercado. Com o tempo, água e sabão voltaram a ser exclusivos para nossas mãos e parte da população aderiu às máscaras com maior proteção, como N95 e PFF2. 

A ciência provou ser capaz de produzir vacinas em tempo recorde, com o imunizante para a Covid-19 saindo do laboratório em menos de um ano. Vale lembrar que a vacina não surgiu do zero: os cientistas já trabalhavam em sua tecnologia há décadas, assim como seguem trabalhando para surtos futuros. 

A testagem em massa também se mostrou uma ferramenta primordial durante a pandemia, em diversos países. “Claramente cometemos um erro terrível no início ao não trabalhar duro para obter bons testes mais rapidamente”, disse Wachter. “E particularmente, acho que estávamos muito atrasados ​​nos testes em casa, desenvolvendo-os e distribuindo-os.” 

Adquirimos senso de comunidade 

No início da pandemia, era comum ver notícias sobre vizinhos se ajudando, pessoas cozinhando para médicos ou mesmo costurando máscaras para doação. Esse senso de comunidade, sem dúvidas, foi aguçado durante a crise sanitária.

“Sem esse senso de comunidade, não estaríamos onde estamos hoje. Só posso esperar que, se enfrentarmos outra pandemia, todos nos reunamos novamente em um esforço para proteger e apoiar uns aos outros”, disse Amanda Castel, professora de epidemiologia da Universidade George Washington, nos EUA.

Além disso, é importante continuar confiando na ciência, e seguindo as recomendações de órgãos de saúde. Hoje, a melhor forma de pensar no próximo é tomar todas as doses da vacina, usar máscara e manter distanciamento social quando possível.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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