5 indígenas brasileiros para seguir nas redes sociais

Da a rotina em uma aldeia à divulgação de pautas sociais, conteúdos servem para quebrar preconceitos e estereótipos. Veja a lista.
Sonia Guajajara

A visão de que povos indígenas vivem isolados e sem acesso à tecnologia já deixou de valer há muito tempo. Com milhares de seguidores em suas redes sociais, influencers indígenas brasileiros usam as plataformas para quebrar preconceitos, desfazer estereótipos e chamar atenção para pautas importantes — como a demarcação de terras, direitos de povos nativos e causas sociais. Listamos abaixo alguns perfis que valem a pena conferir.

Cunhaporanga  @cunhaporangaoficial

Fenômeno do Tik Tok, a jovem acumula mais de 6 milhões de seguidores. Respondendo perguntas de seus fãs, Cunhaporanga conta como é a rotina da aldeia em que vive no meio da floresta amazônica, às margens do Rio Negro.

Todo esse sucesso começou quando Cunhaporanga postou um vídeo comendo uma larva — sim, você não leu errado. Em pouco tempo, a jovem viu seu engajamento disparar e, desde então, interage com os seguidores forma leve e engraçada. O resultado são vídeos bem divertidos — em que, vez ou outra, também aparecem os tais petiscos exóticos. É o caso do video a seguir: nele, a indígena fala sobre uma larva de palmeira ao som de Justin Bieber.

@cunhaporanga_oficial

Resposta a @annapaulaipo As larvas Mochivas comemos vivo, cozido, assado e frito. #indígenas #tiktokindígena #foryou #comunidadetatuyo

♬ Peaches – Justin Bieber

Sônia Guajajara @guajajarasonia

Sônia tem quase meio milhão de seguidores no Instagram. Nascida na terra indígena de Araribóia, no Maranhão, ela se dedica desde muito cedo a divulgar a indígena. Nos últimos anos, tem sido líder na luta pelos direitos dos povos. Sonia é feminista, professora do ensino fundamental e auxiliar de enfermagem — e usa suas redes sociais para levantar pautas importantes.

Em 2017, Sônia foi convidada pela cantora americana Alicia Keys para subir ao Palco Mundo do Rock in Rio e falar sobre a demarcação de terras na Amazônia. Você pode assistir a esse momento no vídeo abaixo.

Alice Pataxó @alice_pataxo

Alice Pataxó é jornalista, ativista e comunicadora indígena que movimenta uma rede com quase 100 mil seguidores no Instagram. Com humor, sagacidade e ativismo, a influenciadora mostra como é ser indígena no Brasil a partir de suas experiências. Diariamente, ela traz questões da luta pelos direitos  dos povos indígenas, das mulheres e da comunidade LGBTQIA+.

Eliane Potiguara @elianepotiguara

Eliane é escritora e tem 7 livros publicados. Sua obra mais famosa é “Metade Cara, Metade Máscara”. em que aborda a questão indígena no Brasil. Poeta, ativista e professora, Eliane usa suas redes para levantar assuntos relacionados a direitos humanos e à afirmação das mulheres indígenas. Ela também participou da elaboração da Declaração Universal dos Povos Indígenas da ONU, sendo nomeada Embaixadora Universal da Paz.

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Coletivo Tibira, do Indígenas LGBT @indigenaslgbtq

O coletivo quer cobrir uma lacuna de representatividade, mostrando que indígenas também são gays, lésbicas, bissexuais, transexuais — e que essa conversa precisa estar não só nas aldeias, mas também nas cidades.

O nome do coletivo remete a Tibira, indígena Tupinambá assassinado em 1614 que é tido como a primeira vítima de homofobia no Brasil. O grupo é totalmente dedicado à pauta LGBTQIA+, sendo composto por indígenas de diversas etnias, como a Tuxá, Boe Bororo, Guajajara, e Terena.

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