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5 maneiras de o mundo acabar – e o que a ciência diz sobre elas

Asteroide, pandemia, guerra nuclear? Confira a real sobre alguns fins de mundo que aparecem nos filmes

Imagem: General Physics Laboratory/Flickr/Reprodução

O Sol vai esquentar cada vez mais e se expandir até engolir a Terra. Mas isso só vai acontecer daqui a 5 bilhões de anos. Talvez a humanidade nem exista até lá. O que levaria ao nosso fim: um asteroide? Uma guerra nuclear?

Confira abaixo a real sobre 5 maneiras de o mundo acabar que volta e meia aparecem nos filmes. 

Asteroide

Há 66 milhões de anos, um asteroide de 10 quilômetros de diâmetro caiu na Península Yucatán, no México, e botou um fim a 76% das espécies que existiam no planeta – incluindo os dinossauros. Nosso fim poderia ser parecido?

Asteroides são alguns dos corpos celestes mais comuns no Sistema Solar, com tamanho que varia de um metro a muitos quilômetros. Volta e meia eles colidem com a Terra, mas são pequenos o suficiente para queimarem completamente pelo atrito com o ar ao entrarem na atmosfera, antes de atingirem o solo.

Cientistas estimam que, nos últimos 600 milhões de anos, dezenas de asteroides com pelo menos 5 quilômetros de diâmetro, com tamanho suficiente para causar um evento de extinção em massa, atingiram a Terra. E há risco, sim de que, mais cedo ou mais tarde, uma pedra alienígena gigante apareça e acabe com nossa festa.

Mas isso não é uma possibilidade que está no horizonte, por enquanto. A NASA monitora 90% dos estimados 2 mil asteroides e cometas que se aproximam da Terra e têm mais de 1 quilômetro de diâmetro. E nenhum deles parece inclinado a nos atingir. Outras agências espaciais também monitoram objetos próximos – e nós já sabemos como desviar um asteroide.

Aquecimento global

Se continuarmos emitindo gases de efeito estufa como fazemos, a temperatura mundial pode aumentar 4°C até 2100 – e aí todos teremos que lidar com mudanças ecológicas generalizadas. Furacões serão mais intensos, as regiões áridas devem ficar ainda mais secas, e as regiões úmidas devem sofrer mais chuvas e inundações. Zonas climáticas e biomas fariam uma dança de cadeiras que certamente levaria à migração e extinção de espécies ao redor do globo.

O cenário mais extremo das mudanças climáticas envolve o aumento das temperaturas médias globais em 6 a 9°C até o ano 2300. Em um mundo tão quente, todas as calotas polares e geleiras derreterão, e o nível do mar subirá cerca de 70 metros, inundando todas as cidades costeiras.

Esse fim do mundo gradual, entretanto, pode ser evitado se interrompermos todas as emissões de gases de efeito estufa e tomarmos medidas de remoção de carbono da atmosfera. 

Pandemias

Embora preocupantes e com consequências potencialmente catastróficas, as chances de uma doença mortal se espalhar globalmente e acabar com a humanidade são baixas. Veja só a Ccovid-19: a doença se instaurou pelo mundo, e cientistas de incontáveis países passaram a estudar o vírus e desenvolver vacinas para ele. Cá estamos. Uma epidemia perfeita teria que combinar contágio em massa com letalidade ou infertilidade grave.

Super erupção vulcânica

Há 74 mil anos, uma super erupção vulcânica ejetou tanto material na atmosfera que, acredita-se, isso fez a Terra esfriar vários graus celsius – o que teria causado a maior extinção em massa de plantas e animais da história. Estima-se que uma dessas ocorre em média a cada 17 mil anos – e a última aconteceu há 26,5 mil, na Nova Zelândia. Os cientistas monitoram várias áreas de risco. E, por enquanto, nada à vista.

Guerra nuclear

Uma guerra nuclear limitada entre dois países provavelmente não teria repercussões globais. A maioria das vítimas morreria com as próprias explosões – as armas nucleares mais poderosas de hoje podem causar uma taxa de mortalidade de 80 a 95% em um raio de 4 quilômetros. 

Mas muitas pessoas também morreriam devido às doenças causadas pela radiação nos meses seguintes, nos locais das explosões e nas regiões próximas. A precipitação nuclear das bombas, entretanto, não poluiria o mundo inteiro com radiação radioativa em um nível incompatível com a vida.

Mas especula-se que, se 4 mil armas nucleares fossem detonadas – um número compatível com o estoque dos EUA e da Rússia, os maiores detentores das armas –, as temperaturas poderiam cair 8°C durante quatro a cinco anos. Essa hipótese, do inverno nuclear, assume que  as nuvens de poeira e fumaça liberadas cobrem o planeta e bloqueariam o Sol, levando ao fracasso de plantações e à fome.

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