9 avanços científicos descobertos por total acidente
Você talvez se lembre que algumas invenções como o micro-ondas e a massinha de modelar foram frutos de felizes acidentes. E claro que você já ouviu falar do lance da penicilina de Alexander Fleming. Mas existem tantos outros avanços científicos e descobertas importantes que aconteceram pela pura sorte e que você pode ainda não conhecer.
Aqui estão nove dos nossos favoritos, incluindo um que você usa todo santo dia.
Fonógrafo: era verão de 1877 e Thomas Edison estava mexendo com uma folha de alumínio e um cilíndro de papel que gravaria sinais de telégrafo. De alguma forma ele conseguiu gravar a sua voz — a primeira vez que a voz de um ser humano foi gravada. Um princípio que, no fim das contas, acabou no fonógrafo.
Post-its: onde nós estaríamos sem os Post-its? Constantemente esquecendo compromissos e recados, provavelmente. A base para esses pequenos quadrados de papel era um adesivo reutilizável e sensível à pressão inventado pelo químico da 3M Dr. Spencer Silver. Ele tentava vender a ideia na empresa, mas ninguém parecia realmente interessado. Até que um colega de Silver, Art Fry, decidiu usar a coisa grudenta para marcar uma página do seu livro de música. Assim o Post-it nasceu.
Borracha vulcanizada: Charles Goodyear trabalhou durante anos para criar uma borracha que era durável e fácil de se trabalhar e que, ainda assim, não fosse afetada pelo calor ou pelo frio de modo a não sofrer avarias. A sua grande descoberta aconteceu um dia, quando ele jogo uma mistura de borracha, chumbo e enxofre no fogão. Em vez de estragar a solução, ela carbonizou como um couro. E hoje é esse material que vemos em pneus, sapatos e em muitos outros lugares.
Radiação: você sabe que a descoberta da radiação acabou mal para Marie Curie, mas você sabia que a fonte da sua morte foi apenas uma pausa ruim? Em 1896, o físico Henri Becquerel estava curioso para saber se os materiais naturalmente fluorescentes poderia criar raios-x quando deixados no Sol. O único problema é que era inverno, então o céu estava nublado. Ele deixou todas as suas ferramentas, incluindo uma pedra de urânio, embrulhadas em uma gaveta. Quando ele a abriu, a pedra deixou uma impressão em uma placa fotográfica sem qualquer exposição à luz. Com a ajuda de Pierre e de Marie Curie, ele descobriu que aquilo tinha acontecido em decorrência da radiação. E… bem, o resto você já sabe.
Impressora a jato de tinta: um engenheiro da Canon descobriu essa quando ele colocou um ferro de solda quente em sua caneta (quem nunca?). A caneta reagiu espirrando tinta apenas alguns momentos depois e o princípio por trás da entediante (ainda que necessária) peça de tecnologia nascia ali.
Corante sintético: o químico William Perkin não era Karl Lagerfeld. O estilista por acidente estava buscando a cura para a malária quando tropeçou por acaso na cor malva. Em 1856 ele estava tentando fazer uma forma artificial de quinina, mas acabou com um tipo de lama de cor escura. O cara devia ter um bom olho para cores, porém, porque ele reconheceu aquele tom de roxo como algo que era popular entre os estilistas da época. Então ele isolou o componente responsável, patenteou ele e começou a fabricar e vender corante sintético.
Dinamite: Alfred Nobel, também conhecido como Sr. Prêmio Nobel, tinha uma indústria de nitroglicerina. Isso pode soar meio fantasioso, mas ele tinha mesmo, de verdade. Ele estava trabalhando numa fórmula que faria essa coisa ser mais segura de se trabalhar, porque ela era instável e conhecida por explodir do nada. A certa altura, ele derrubou uma pequena quantidade dela no chão e, por haver um pouco de pó ali, ela começou a estabilizar e não explodiu. Ele refinou a receita, depois misturando nitroglicerina com uma forma de sílica e então BOOM!, dinamite.
Vaselina: Robert Chesebrough tentava ser um cara do petróleo na Pensilvânia, em 1859. Ele não chegou exatamente ao ouro negro — era algo mais pendente para um ouro viscoso e amarelo. Os homens que trabalhavam nos campos reclamavam de um tipo de cera que estava emperrando suas máquinas escavadoras. O empreendedor Chesebrough levou a substância para o seu laboratório, em Nova Iorque, isolou-a do petróleo e encontrou um negócio muito bom para curar cortes e arranhados, dentre outros usos. Na realidade, Chesebrough acreditava tanto nessa coisa que ele comia uma colher dela todos dias até a sua morte.
Viagra: como seriam as vidas dos coroas com mais de 60 e suas segundas esposas de vinte e poucos anos sem essa? O Viagra foi originalmente desenvolvido como um tratamento para a angina por dois pesquisadores da Pfeizer na década de 1980. Mas quando eles viram os efeitos colaterais, descobriram que tomar essa pílula não estava ajudando com a pressão sanguinea elevada. Em vez disso, estava causando… ereções. Caso encerrado. Outro, então, começou, para usar o remédio como algo para o tratamento da disfunção erétil. E em 1998, ele foi aprovado pela FDA (a Anvisa dos EUA) e todos nós começamos a fazer piada sobre se devíamos chamar o médico caso uma ereção durasse mais de oito horas para… se gabar. Mas sério, se isso acontecer, chame um médico.
Créditos das imagens: Anton Prado Photo, Andrey Armyagov, Edward Westmacott, Andre Helbig,Selim October, Graphic79, Fur Gregory, zirconicusso, Luchi_a.