A ciência perdida da petrificação humana

O professor Girolamo Segato de Florença, Itália, inventou um processo para preservar restos humanos em um estado de petrificação. No entanto, o medo e a paranoia destruíram suas pesquisas, deixando apenas um pequeno número de relíquias sombrias – e uma peça mórbida de mobília – como prova de seu processo milagroso. Nascido em 1792, Segato […]

O professor Girolamo Segato de Florença, Itália, inventou um processo para preservar restos humanos em um estado de petrificação. No entanto, o medo e a paranoia destruíram suas pesquisas, deixando apenas um pequeno número de relíquias sombrias – e uma peça mórbida de mobília – como prova de seu processo milagroso.

ukpl9hrrjb6kjwfj3cakNascido em 1792, Segato criou interesse precoce em ciência e química, o que o inspirou e definiu por toda a sua vida. Seu foco no processo de petrificação começou após uma visita ao Egito aos 26 anos, quando ele ficou fascinado pelas múmias do país. Após retornar à Europa e brigar com sua cônjuge, Segato começou a desenvolver novos métodos de mumificação.

O cientista pioneiro começou com preservação animal, e depois criou seu próprio método para conservar humanos, que envolvia um misterioso processo de mineralização para transformar os restos mortais em algo duro feito mármore.

A reação ao seu trabalho foi mista. Alguns se impressionaram com a transformação única que Segato conseguia fazer em cadáveres, enquanto outros associavam seu trabalho a um misticismo egípcio. Após invadirem seu laboratório e aparentemente fuçarem em seus papéis, Segado começou a temer que seu trabalho seria roubado, e acabou destruindo suas pesquisas e anotações.

Ele morreu em 1836 e manteve o segredo do processo para si próprio. Ele foi enterrado em um cemitério em Florença com o seguinte epitáfio: “Aqui jaz Girolamo Segato, que estaria intacto e petrificado, se o segredo de sua arte não tivesse morrido com ele.”

htv8gye4pq3m3hkmwnnbAtualmente, as únicas provas remanescentes do seu trabalho consistem em algumas relíquias perturbadoras. Mantidas pelo Museu Anatômico da Universidade de Florença, o trabalho de Segato sobrevive na forma de partes separadas do corpo humano como uma cabeça feminina decepada e um tórax feminino separado, ambos transformados em pedra eterna. Há também a Mesa Segato (acima), uma mesa oval de madeira com o que parecem ser azulejos embutidos – mas na verdade são pedaços de ossos, músculos e vísceras petrificadas.

Pesquisadores modernos desenvolveram métodos alternativos de petrificação de restos mortais humanos, mas mesmo após múltiplos testes nas amostras remanescentes, ninguém foi capaz de explicar o processo de Segato. Se ele era um cientista maluco, mágico egípcio, ou algum híbrido taumatúrgico, isso tanto faz: as pedras humanas de Segato continuam fazendo o mundo parecer um lugar mais estranho, mesmo muito depois de alguns de nós termos deixado esse mundo. [Haunted Ohio Books]

Créditos das fotos: ProfessorElliot.comMuseu Anatômico da Universidade de Florença

 

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