A ciência precisa olhar mais para mulheres que viajam sozinhas, diz pesquisadora
Viajar sendo mulher é um grande desafio. Há questões de segurança, de higiene e funções corporais, como a menstruação. Pensando nisso, a pesquisadora Irmgard Bauer, da James Cook University, escreveu um artigo pedindo um olhar mais cuidadoso para esse tema por parte das organizações de medicina de viagem.
Bauer disse que, apesar de grande parte dos viajantes serem mulheres, ainda há uma nítida falta de conhecimento sobre esse tópico. “Pesquisas específicas para mulheres em medicina de viagem são relativamente escassas e as opiniões e experiências delas sobre muitas questões relacionadas parecem ser completamente negligenciadas”, afirmou, em nota.
No artigo, a especialista analisou três aspectos principais: gestão da higiene pessoal, funções corporais e comportamento sexual; os requisitos especiais que as mulheres têm em relação à segurança e proteção; e como a mulher viajante pode contribuir para minimizar qualquer dano potencial aos outros seres humanos e ao meio ambiente.
“Muitas das questões discutidas dizem respeito a todas as viajantes, mas muitas serão de maior importância para viajantes iniciantes e aquelas que viajam para regiões menos desenvolvidas, rurais, remotas ou selvagens, ou que planejam ser voluntárias a curto ou longo prazo em circunstâncias rudimentares”, explicou Bauer. Segundo dela, essas organizações devem estabelecer guias que podem ser publicados online e acessados por qualquer pessoa.
A pesquisadora estabeleceu, ainda, alguns conselhos em relação à segurança do transporte. São eles:
- Evite viagens noturnas;
- Organize um traslado do aeroporto para o seu hotel com antecedência;
- Use táxis licenciados (e saiba como eles são);
- Sente-se atrás do motorista;
- Faça uma ‘ligação’ no táxi para dizer que chegará em breve;
- Pague o táxi ainda no carro;
- No transporte público, sente-se perto de mulheres;
- Veja conselhos de outras mulheres em sites e grupos de redes sociais.