Cultura

“A Freira 2” supera antecessor, mas ainda tem muito a melhorar

Sequência estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta, 7 de setembro, e traz devolta a velha fórmula de terror palatável ao grande público
Imagem: Reprodução/Warner Bros Pictures

O Giz Brasil já assistiu “A Freira 2”, o mais novo filme do universo de “Invocação do Mal”. O longa, que estreia nesta semana nos cinemas brasileiros, traz de volta a fórmula dos filmes de terror palatáveis ao grande público. E que ficou famosa nas mãos de diretores como James Wan e Peter Safran.

Na direção está Michael Chaves, que você deve lembrar de trabalhos recentes como “A Maldição da Chorona” (2019) e “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (2021), produções divisivas, mas que serviram para colocar o nome do cineasta de vez entre entre os queridinhos do gênero.

O longa é a sequência de “A Freira” , de  2018, que não foi bem recebido na época. Eu mesmo assisti o filme em sua estreia e fiquei bastante decepcionado com o resultado final. Mesmo colecionando avaliações negativas, o longa lidera a franquia em arrecadação de bilheteria, com uma receita de US$ 366 milhões.

O que esperar de “A Freira 2”

Primeiramente, a sequência traz as consequências dos eventos ocorridos no primeiro filme. Uma série de assassinatos misteriosos pela Europa acendem a suspeita de que o demônio Valak, que havia supostamente sido derrotado, está vivo e aterrorizando o continente mais uma vez.

Irmã Irene (Taissa Farmiga) e Maurice (Jonas Bloquet) estão de volta para novamente enfrentar a ameaça demoníaca que arrasou um convento da Romênia há alguns anos atrás. Além disso, há uma adição interessante ao elenco “principal”, a atriz Storm Reid que vem ganhando bastante destaque em Hollywood nos últimos anos.

Interpretado pela atriz Bonnie Aarons, o antagonista Valak segue como um dos maiores destaques da franquia. A criatura possui um dos visuais mais impactantes dentro do universo de “Invocação do Mal”, fato este que foi o principal motivador da produção do primeiro longa. 

O curioso é que, por muito pouco, o personagem não entrou na franquia. Os produtores inseriram o demônio em forma de freira no filme somente nas regravações de “A invocação do Mal 2”, há cerca de três meses do lançamento. Eles tinham outra ideia inicial de antagonista, mas felizmente realizaram a tempo a mudança que rendeu centenas de milhões de dólares para a Warner.

Como a trama se desenvolve

O filme tem um início bem vagaroso e que chega a ser um pouco cansativo, mas com o passar dos minutos vai apresentando um ritmo mais agitado até chegar a um terceiro ato que é interessante e, com cenas de perseguição, confronto e alguns “jump scares” bem colocados que, sim, rendem alguns bons sustos.

Assim, sem fazer muito esforço, “A Freira 2” consegue ser melhor que o seu antecessor. Mas ainda está longe de ser uma das grandes referências dentro do gênero de terror.

Por fim, o filme repete alguns clichês que já foram muito utilizados dentro da franquia. Não apresenta nada original e erra ao gastar muito tempo com takes focados no rosto de Valak. Isso vai desgastando a imagem do vilão e diminuindo o impacto de suas aparições.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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