A-ha, Belchior e Sidney Magal: festival “In-Edit Brasil” traz filmes musicais inéditos

O In-Edit Brasil acontece em São Paulo, de 15 a 26 de junho, com sessões presenciais e online. Veja a lista de filmes participantes
In-Edit Brasil
Imagem: Divulgação/Reprodução Instagram

Tem evento na pista para os cinéfilos de plantão. A 14ª edição do In-Edit Brasil, Festival Internacional do Documentário Musical, acontece entre 15 e 26 de Junho, de forma híbrida, com sessões presenciais em São Paulo e online para todo Brasil.

A programação conta com mais de 50 filmes nacionais e internacionais inéditos no circuito comercial, que serão exibidos em salas de São Paulo, na plataforma do festival e em plataformas parceiras. Para complementar a programação, o 14º In-Edit Brasil trará ainda encontros, debates e entrevistas com diretores, diretoras e artistas, além de shows exclusivos.

Entre os filmes em destaque está “Me Chama Que Eu Vou”, que conta a trajetória dos 50 anos de carreira de Sidney Magal. O longa vai focar nos momentos mais significativos da vida do cantor, dançarino, ator e dublador, que se tornou um ícone da música popular brasileira.

Além dele, o longa “Belchior – Apenas um Coração Selvagem” também está entre os selecionados. O filme é um autorretrato do cantor, mergulhando em sua carreira como cantor e compositor.

“Manguebit”, por sua vez, mostra a história de um dos grandes movimentos musicais do Brasil, desde sua origem até suas reverberações. Seus criadores, companheiros e herdeiros reviraram seus arquivos pessoais para contar como tudo aconteceu.

Já em “RAP – Revolução Através da Palavra”, rappers como Thaíde, MC Soffia e Rappin’ Hood refletem sobre como o gênero enquanto espaço de fortalecimento e instrumento de registro para a trajetória da população negra.

Entre os internacionais, o destaque fica com “A-ha – The Movie“, documentário que narra os 35 anos de carreira do icônico grupo, que atingiu a marca de 50 milhões de discos vendidos com seus dez álbuns de estúdio. Além dele, “Bitchin’: The Sound and Fury of Rick James”, irá explorar os altos e baixos de Rick James, considerado um dos ícones do funk americano.

“Esse ano, o In-Edit Brasil vai respeitar a política de preço de todos os preços do cinema. Com a pandemia, acabou mudando algumas salas, muita coisa mudou, e a gente vai respeitar os preços dos cinemas. Então, a gente recomenda ao público que olhe no site as salas que estarão no In-Edit, e quais cobras e quais não”, explicou Marcelo Aliche, organizador do evento, ao Gizmodo Brasil

Além disso, Aliche ainda destaca que nem todas as produções que estarão disponíveis presencialmente, estarão também online. “Os filmes estarão na plataforma do In-Edit, e o público vai conseguir acessar através da própria página do festival, ou diretamente. Nem todos os filmes que estarão no festival estarão online [caso de todos os filmes nacionais]. Alguns estarão disponíveis apenas em salas, porque não temos autorização para colocar online [caso de alguns internacionais]”, explica o organizador do In-Edit Brasil.

Confira a programação completa do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical: 

Mostra Internacional 

A-ha: The Movie (2021) – inédito no circuito de cinemas

Os diretores Thomas Robahm e Aslaug Holm mostram o que o estrelato fez com as vidas de Morten Harket, Magne Furuholmenen e Pål Waktaar-Savoy da banda norueguesa a-ha. Usando material de arquivo, entrevistas recentes e animações, o filme conta desde a explosão gradual de “Take On Me” até os dias de hoje.

Bitchin’: The Sound and Fury of Rick James (2021) – Inédito no circuito de cinemas

A trepidante e assombrosa vida do multifacetado artista Rick James. Rei dos grooves e das rádios, ele começou sua carreira no Canadá com ninguém menos que Neil Young, mas teve que largar a banda porque fugiu dos Estados Unidos para não servir o exército e não pôde excursionar. De roqueiro à estrela da Black Music, foi graças a ele que o selo Motown evitou a falência. Revitalizou o funk e levou seu hit “Super Freak” ao posto de um dos mais sampleados de todos os tempos.

Vale lembrar que a programação Internacional ainda não está totalmente confirmada, e deve ser divulgada apenas no dia 1 de junho. Os títulos acima foram compartilhados pela assessoria com exclusividade ao Gizmodo Brasil. Para mais informações, basta acessar o site do In-Edit Brasil ou via redes sociais

Competição Nacional

Alan

(Daniel Lisboa e Diego Lisboa (Irmãos Lisboa) | Brasil | 2022 | 92’)

Alan é um rapper que vive em Salvador e que tenta mostrar seu trabalho invadindo o palco de outros artistas. Ao mesmo tempo que busca uma chance para viver de sua arte, ele tenta escapar da miséria e da criminalidade.

As faces do Mao 

(Dellani Lima e Lucas Barbi | Brasil | 2021 | 78’)

José Mao Rodrigues Jr é líder da mítica banda Garotos Podres. Além disso, é professor universitário, militante político e anarquista. Aqui, vemos o pensamento que une todas essas faces.

A Música Natureza de Léa Freire

(Lucas Weglinski | Brasil | 2022 | 99’)

Léa Freire começou sua carreira tocando na noite paulistana e acabou se tornando uma das principais compositoras do país, misturando jazz, música erudita e popular, chegando a ser comparada a Tom Jobim, Villa-Lobos e Hermeto Pascoal.

Belchior – Apenas um Coração Selvagem

(Natália Dias e Camilo Cavalcanti | Brasil | 2022 | 90’)

Um dos artistas mais amargurados e misteriosos do Brasil explica sua arte, através de diversos depoimentos dados ao longo de sua carreira.

 Cafi

(Lirio Ferreira e Natara Ney | Brasil | 2021 | 75’)

Carlos da Silva Assunção Filho, o Cafi, mesmo sem ser músico tem seu nome marcado na história da música brasileira. Fotógrafo, é dele a foto que está na capa do álbum “Clube da Esquina”, entre tantas outras que se tornaram clássicas. No filme, ele e amigos contam sobre sua (boa) vida e sua arte.

 Manguebit

(Jura Capela | Brasil | 2022 | 101’)

Um dos últimos grandes movimentos musicais do Brasil é esquadrinhado aqui desde sua origem até suas reverberações. Seus criadores, companheiros e herdeiros reviram seus arquivos para contar como tudo aconteceu.

Mostra Brasil

Bandoneando – A Busca pelos bandoneonistas negros da Campanha Gaúcha

(Diego Müller | Brasil | 2021 | 105’)

Um roadmovie que busca identificar personagens esquecidos na música: negros que colaboraram na introdução e divulgação do bandoneón na cultura gaúcha.

 Castanheiro do Forró

(Alfredo Bello | Brasil | 2021 | 37’)

Castanheiro é um dos principais nomes na divulgação do forró na cidade com maior número de nordestinos no Brasil, São Paulo. Gerente de um dos maiores salões de forró da cidade, diretor de programação da Rádio Atual e músico (tocou  e gravou durante anos com Luiz Gonzaga e outros grandes nomes), ele tem muita história para contar. 

 Cine Rabeca

(Marcia Mansur | Brasil | 2022 | 59’)

“Cine Rabeca” é uma performance multimídia, um cine-concerto e um documentário que se expande para o palco. Em cena, os músicos Luiz Paixão e Renata Rosa fazem um reencontro cinematográfico com suas trajetórias, improvisam toadas com suas rabecas e se recriam nas lembranças.

 Ivo Perelman – A Musical Storyteller

(Leonel Costa  Brasil | 2020 | 63’)

Ivo Perelman é um músico de jazz brasileiro que vive há muitos anos nos Estados Unidos, onde é mais conhecido. Neste filme, ele conta, com naturalidade, alguns de seus sucessos e fracassos.

 Lenha, Brasa e Bronca: A História de Jacildo e Seus Rapazes

(Dennis Rodrigues | Brasil | 2021 | 96’)

Jacildo e Seus Rapazes foi uma garage band dos anos 60 surgida em Cuiabá. Com seu som único, foi uma das responsáveis pela difusão do gênero nas regiões Centro-Oeste e Norte do país. Ex-integrantes, amigos e parentes nos contam como foi essa improvável aventura musical.

 Me Chama Que Eu Vou

(Joana Mariani | Brasil | 2021 | 73’)

O Brasil não passou imune a Sidney Magal. Sex symbol, entertainer e cantor, ele atravessou gerações, com canções que pertencem ao imaginário popular.

 Queremo róque!

(Jivago Del Claro | Brasil | 2021 | 83’)

Tirando sarro de tudo, de todos, inclusive de si própria, a banda Repolho tem mais de trinta anos de estrada e mesmo ignorando alguns detalhes, como afinação de guitarra, conseguiu fãs improváveis, como Tom Zé, Júpiter Maçã e Los Hermanos.

 Tambores da Diáspora

(João Nascimento | Brasil | 2021 | 73’)

Uma investigação musical e antropológica sobre as origens e trajetórias do tambor, desde a África até o Brasil. Músicos e pesquisadores falam sobre temas como racismo cultural, a construção dos atabaques, tecnologia e tradição.

Curta Um Som

A Orquestra das Diretas

(Caue Nunes | Brasil | 2022 | 20’)

O ano era 1984 e a sociedade brasileira clamava pela volta à democracia e fim do regime militar. Liderada pelo maestro Benito Juarez, a Orquestra Sinfônica de Campinas participou de vários comícios da Diretas-Já, mostrando que, quando necessário, o artista deve se posicionar.

 As Canções de Amor de uma Bicha Velha

(André Sandino Costa | Brasil | 2020 | 22’)

Enquanto se prepara para seu novo espetáculo, Marcio Januário reflete sobre a condição de homem negro, gay e de terceira idade.

 Berimbauzeiro

(Marco Poglia, Magnólia Dobrovolski e Mário Saretta | Brasil | 2021 | 20’)

No interior do Rio Grande do Sul, Mestre Churrasco realiza diversos experimentos sonoros, a partir de berimbaus não-convencionais, construídos por ele mesmo.

 Da Boca da Noite à Barra do Dia

(Tiago Delácio | Brasil | 2021 | 18’)

Na Zona da Mata de Pernambuco, sonho e realidade se misturam. Entre plantações de cana-de-açúcar, cores, danças, teatro e música revelam um passado não tão distante, em um jogo que começa à noite e termina no amanhecer.

 Endless Love

(Duda Gambogi | Brasil | 2020 | 20’)

Cantores e cineastas amadores se encontram nos karaokês do Rio de Janeiro. Esses encontros são filmados, imaginados e costurados pelas canções infinitas que os motivaram.

 Geruzinho

(Juliana Teixeira, Luli Morante e Rafael Amorim | Brasil | 2022 | 14’)

Os irmãos Dingo Bala, Mestre Nenê, Niquimba e Nego Dadá formaram o bloco afro Descidão dos Quilombolas, na periferia de Aracaju. Aqui eles falam sobre a importancia dos tambores na conexão entre os negros e sua ancestralidade.

 Hoje Estamos Aqui: Breve História de um Sound System Amazônico 

(Darien Lamen | EUA/Brasil | 2021 | 20’)

Milton Almeida do Nascimento foi um dos pioneiros na construção da aparelhagem, marca icônica na música amazônica. Seus filhos contam sua história e como lutam para preservar sua memória.

 Passar Uma Chuva

(Aron Miranda e Cassandra Oliveira | Brasil | 2020 | 18’)

“Passar uma chuva” é um ditado comum do Amapá, e se refere a pessoas que vieram para essas terras apenas de passagem. O violonista Nonato Leal, reflete sua música e vida, em uma chuva que já dura sete décadas.

 RAP – Revolução Através da Palavra

(Washington Deoli | Brasil | 2021 | 21’)

Thaíde, MC Soffia, Rappin’ Hood entre outros refletem sobre como o gênero é um espaço de fortalecimento da construção de narrativa e instrumento de registro para a trajetória da população negra.

 Sinal de Alerta: Lory F:

(Fredericco Restori | Brasil | 2021 | 18’)

Nome festejado no underground gaúcho, Lory F teve uma carreira meteórica e muito curta. Com registros em VHS e fitas k7, o filme conta sobre sua vida, com o auxílio de amigos, parentes e o filho.

 Sobre Pardinhos e Afrocaipiras

(Daniel Fagundes | Brasil | 2021 | 27’)

Uma investigação sobre as influências indígenas e negras na música caipira.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas