A história por trás da primeira foto que o homem tirou da Lua

Em 1840, o médico e professor de química John William Draper subiu na cobertura Universidade de Nova York e fez a imagem que entrou para a história como o 1º registro da Lua
A história por trás da primeira foto que o homem tirou da Lua
Imagem: Met Museum/Reprodução

John William Draper é o nome do autor da primeira fotografia da Lua. O norte-americano estava em um observatório na cobertura da Universidade de Nova York em 16 de março de 1840, há 183 anos, quando deixou um daguerreótipo em processo de exposição por 20 minutos, junto com um telescópio refletor de 5 polegadas. 

O equipamento fixava as imagens obtidas na câmara escura em uma folha de prata sobre uma placa de cobre. O resultado foi uma imagem pouco nítida da Lua, mas ainda assim capaz de mostrar algumas de suas crateras mais salientes. 

Há evidências de que foi Louis Dageurre, o inventor do daguerreótipo, quem tirou a primeira foto da Lua, ainda em 1839. Mas o laboratório do francês pegou fogo em seguida e destruiu todo o trabalho dele. Por isso, hoje a imagem mais antiga da superfície lunar é a de Draper. 

Veja a imagem mais antiga da Lua

A história por trás da primeira foto que o homem tirou da Lua

Fotografia mais antiga da Lua saiu com daguerreótipo e telescópio refletor de 5 polegadas em 23 de março de 1840. Imagem: Met Museum/Reprodução

Como foi feita 

Em 1840, Draper era um médico e professor de química na Universidade de Nova York. No dia da primeira foto, ele relatou como fez a imagem da Lua.

“Esta noite expus uma placa preparada aos raios lunares que foram transmitidos por uma lente convexa dupla”, escreveu em seu diário. 

Na placa, uma vinheta em formato redondo envolve a imagem da Lua e, a partir disso, cria uma forma crescente que evoca as fases lunares.

A história por trás da primeira foto que o homem tirou da Lua

Daguerreótipo foi o primeiro equipamento de fotografia popularizado para o grande público, divulgado em 1839. Imagem: WikiCommons

Apesar da realização, os esforços de Draper receberam apenas um modesto reconhecimento dos seus colegas. Até pouco tempo, se acreditava que seus daguerreótipos lunares estavam perdidos. 

Em 1960, funcionários da Universidade de Nova York encontraram os equipamentos em uma das bibliotecas da instituição. Mais tarde, entraram em exposição no Met Museum

Mais tarde, o filho de Draper, Henry, herdou a paixão do pai e se tornou um dos maiores astrofotógrafos do século 19, inclusive com registros importantes da superfície lunar. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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