“A Primeira Comunhão” mistura lenda urbana com clichês de terror
O terror “A Primeira Comunhão”, do diretor espanhol Victor Garcia, estreia nesta quinta-feira (30) nos cinemas do Brasil. A convite da Paris Filmes, o Giz Brasil conferiu o filme antes, trazendo para você as nossas principais considerações. Vamos lá!
A trama se passa na Espanha, no final dos anos 1980. De acordo com a sinopse, a recém-chegada Sara (Carla Campra) tenta se entrosar com os outros adolescentes de uma pequena cidade na província de Tarragona”.
“Se ao menos ela fosse mais parecida com sua melhor amiga extrovertida, Rebe (Aina Quiñones), as coisas seriam mais fáceis. Uma noite, elas vão para uma casa noturna e, na volta, a caminho de casa, elas se deparam com uma menina segurando uma boneca, vestida para sua primeira comunhão. É aí que o pesadelo começa!”, completa o texto.
Lenda urbana
Quem se interessa por lendas urbanas certamente vai gostar da história. De início, “A Primeira Comunhão” nos leva a uma cena de flashback, uma abertura impactante que nos deixa ansiosos para a sequência. Aviso: o momento pode afetar os mais sensíveis — mas nada que um fã de filmes de terror não esteja acostumado.
O enredo pega para valer quando a adolescente Sara vai a uma balada com a amiga “rebelde”, Rebeca. Novata na cidade, Sara ainda não conhece a lenda da menina com vestido de primeira comunhão. No entanto, é a única que se importa com a aparição da criança, ao contrário de seus companheiros céticos: a amiga Rebe, o carona Chivo (Carlos Oviedo), e Pedro (Marc Soler), o interesse amoroso da protagonista que preenche a cota romântica no filme.
Ao encontrar a boneca e levá-la para casa, esperando descobrir o paradeiro de sua dona, Sara dá início a uma série de eventos estranhos, que envolvem manchas no corpos e portas abrindo sem motivo. A partir daí, não demora muito para que ela e seus colegas sejam perseguidos pelo espírito da menina — que, para falar a verdade, é pouco assustador.
Clichês do terror
É seguro dizer que o longa não traz nada de novo, mas trabalha bem clichês antigos dos filmes de terror: bonecas medonhas, temas religiosos e mudanças de cidade que acabam mal. Somados a esses elementos, “A Primeira Comunhão” oferece uma história com momentos emotivos e enredo que mantém o ritmo.
A trama, como um todo, não é difícil de acompanhar. Aos poucos, as pontas vão se amarrando, trazendo de volta personagens do início ao longo da investigação do mistério. Contudo, talvez falte um pouco de elementos que remetem aos anos 1980, o que aproxima a história de algo que poderia estar acontecendo no presente.
No geral, o filme é pouco assustador para quem está acostumado com o gênero, contando apenas com alguns jump scares em momentos adequados. A cena mais “impressionante” em questão de terror fica para minutos antes do fim — que, aliás, fica em aberto.
Assista ao trailer de “A Primeira Comunhão” abaixo. A versão dublada você pode conferir aqui.