Ciência

Abelhas e beija-flores veem as cores das flores de forma diferente, revela estudo

Luz ultravioleta é usada pelas abelhas e pelos beija-flores para localizar o néctar das flores, que reflete essa luz de forma especial
Imagem: Plos Biology/Reprodução

Um novo estudo mostrou como as abelhas e os beija-flores conseguem detectar o néctar das flores usando a luz ultravioleta, que é invisível para os humanos. Os pesquisadores desenvolveram uma tecnologia que permite gravar em vídeo como esses animais percebem as cores em movimento.

Para o estudo, os cientistas criaram um sistema de hardware e software que permite aos ecologistas registrarem como os animais veem as cores em movimento. Eles também puderam investigar como os animais usam as cores em situações comportamentais dinâmicas.

Os pesquisadores descobriram que os animais veem o mundo de forma diferente dos humanos, por causa da forma como os seus olhos funcionam.

Os humanos têm três tipos de células sensíveis à cor nas retinas: vermelho, verde e azul (RGB), que combinam para formar todas as cores que vemos. Já as abelhas e os beija-flores têm um tipo a mais de célula, que capta a luz ultravioleta (UV).

Visão das abelhas e dos beija-flores ajuda a localizarem as flores. Imagem: Plos Biology/Reprodução

Isso permite que eles vejam um espectro de cores maior, que inclui o UV. A luz ultravioleta é usada pelas abelhas e pelos beija-flores para localizar o néctar das flores, que reflete essa luz de forma especial.

Entendendo a visão das abelhas e beija-flores 

A nova tecnologia criada pelos pesquisadores permite produzir vídeos com 90% de precisão de como esses animais veem as cores. O estudo, publicado na revista Scientific Reports, foi realizado por cientistas da Universidade de Sussex, no Reino Unido, e da George Mason University, nos Estados Unidos.

A nova câmera usada no estudo consegue gravar em quatro canais, ou seja, além do RGB, ela adiciona o UV. Essas imagens são processadas com base no que se sabe sobre os receptores de luz nos olhos dos animais, para recriar uma representação fiel do que eles veem.

Assim, os cientistas podem observar como a iluminação natural afeta a percepção das cores, e questionar como os animais veem o mundo.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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