Acidente com morte motiva investigação sobre direção autônoma da Tesla
O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação que mira o sistema de direção autônoma da Tesla. O inquérito atinge mais de 2,4 milhões de veículos da marca e investiga quatro acidentes envolvendo feridos e um óbito ocorridos em situações de baixa visibilidade.
Os problemas com a direção autônoma da Tesla
A Agência de Segurança Rodoviária abriu a investigação após ter conhecimento das ocorrências, que aconteceram em circunstâncias bastante parecidas. Segundo as informações divulgadas, em todas as ocasiões os veículos enfrentaram luz do sol, neblina e poeira no ar. O principal objetivo do órgão é analisar a capacidade do sistema de direção autônoma da marca em responder às condições de baixa visibilidade na via.
A Tesla, por sua vez, afirma que a tecnologia não pode responder sozinha a todas as decisões adversas. No atual estágio, a tecnologia ainda demanda que os condutores estejam atentos e com as mãos no volante para reagir propriamente em casos de emergência.
O sistema “Full Self-Driving” da Tesla ainda não está completamente finalizado, mas de acordo com o bilionário Elon Musk, os veículos Model Y e Model 3 da marca estarão circulando nas ruas sem motoristas já a partir do ano que vem, mas não apresentou uma data exata.
Em contrapartida, especialistas argumentam que os veículos da Tesla não possuem a segurança necessária para circularem de forma totalmente autônoma por zonas urbanas. Contudo, os automóveis da marca contam apenas com um conjunto de câmeras para auxiliar a tecnologia, o que é considerado insuficiente por seus críticos.
Empresas concorrentes no segmento de veículos autônomos, além de câmeras, apresentam também uma série de sensores redundantes, que podem fazer a diferença em caso de falha. A presença de sensores adicionais pode ser fundamental em situações de baixa visibilidade.
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Investigação trava planos
Assim, a investigação pode ser um obstáculo para a regulamentação dos sistema de direção autônoma que a Tesla planeja usar a partir do ano que vem. E também pode travar posteriormente os planos do ambicioso Cybercab, o táxi sem volante e pedais que a montadora planeja fabricar em massa a partir de 2026 e contruir uma frota para realização de transporte por aplicativo.
Assim como os veículos “tradicionais”da marca, os robotaxis não possuem hardware além de câmeras. A atual investigação pode ser decisiva e impactar na estratégia adotada pela empresa nos últimos anos.