O senso comum estima que é preciso dar 10 mil passos por dia para ser uma pessoa saudável. Mas será que esse é mesmo o número mágico? Para a tristeza dos sedentários, a ciência diz que sim.
O médico e cientista I-Min Lee, que é professor da Universidade Harvard, publicou um estudo investigando os efeitos reais de atingir a meta de 10 mil passos. Segundo o artigo, o ato de dar uma caminhada é bom, mas os benefícios variam de acordo com a pessoa.
Pessoas com menos de 60 anos devem caminhar de 8 mil a 10 mil passos por dia para obter os melhores benefícios.
Já no caso de pessoas com mais de 60 anos, o maior benefício fica com quem dá entre 6 mil e 8 mil passos. Essa quantidade de passos por dia equivalem aproximadamente a cinco horas de caminhada por semana.
Benefícios para a saúde
Outro ponto importante da pesquisa é que o número total de passos que você dá é mais importante do que a velocidade.
“A questão relevante para mim é: quando duas pessoas andam a mesma quantidade, importa se seus passos são em um ritmo mais rápido ou mais lento?”, disse Lee em entrevista à revista Scientific American. A resposta até agora é que o ritmo não importa.
Caminhar por 60 minutos e correr por 30 minutos usam a mesma quantidade de energia. Por isso, conseguem obter o mesmo resultado quando o assunto é saúde e qualidade de vida.
Além de dar mais energia, as pesquisas mais recentes indicam que manter uma rotina de caminhada pode reduzir o risco de doenças como câncer, problemas cardiovasculares e demência.
Então uma pessoa que busca melhorar sua saúde, uma boa saída é por meio da caminhada. A meta de 10 mil passos por dia é um bom indicador para manter o ritmo.
Por que 10 mil passos?
Essa regra tem origem em uma campanha publicitária japonesa de meados da década de 1960. Para promover a saúde, a campanha lançou o chamado manpo-kei. O dispositivo estabelecia uma meta de 10 mil passos (cerca de oito quilômetros).
Campanha pegou tanto que meta de passos passou a ser recomendada até pela OMS. Imagem: Reprodução