Os egípcios construíram as pirâmides de Gizé durante a quarta dinastia, cerca de 4,5 mil anos atrás. A Grande Pirâmide, levantada em comemoração ao reinado do faraó Khufu, cobre uma área de 52,9 mil metros quadrados e possui mais de 146 metros de altura.
Estima-se que, apenas para a construção desse monumento, os trabalhadores da época tenham carregado cerca de 2,3 milhões de blocos de calcário e granito, que pesavam mais de duas toneladas. Os pedregulhos eram retirados de pedreiras e levados pelo Nilo que, na época, possuía extensões que chegavam até Gizé.
Esses cursos da água já haviam sido revelados em estudos passados, mas agora já se encontram secos. Em novo estudo publicado na revista PNAS, pesquisadores franceses confirmaram que o nível do rio era alto o suficiente para permitir a passagem de pedras, mostrando ainda a época aproximada em que a água se foi.
Esse afluente do Nilo é conhecida como ramo Khufu. A equipe investigou como suas águas mudaram nos últimos oito anos através da análise do pólen fossilizado retirado de amostras de terra da região.
De acordo com os pesquisadores, os registros revelaram que, na época em que as pirâmides de Gizé foram construídas, os níveis de água eram altos o suficiente para que o ramo de Khufu fluísse perto das pirâmides, permitindo a passagem de barcos que carregavam os blocos pesados.
Achados arqueológicos e papiros do passado reforçam a existência de um porto nesta região. Por outro lado, a data exata em que o rio secou não é certa, mas o estudo mostra que seus níveis já estavam bem abaixo do normal há 2,4 mil anos.
Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.
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