O Japão anunciou que nesta semana que os engenheiros da central nuclear de Fukushima vão despejar a água residual acumulada na usina no mar. Após 12 anos do desastre nuclear, os engenheiros estão descartando o material no mar pela primeira vez.
A decisão levou a China a anunciar a proibição imediata de todos os produtos do mar japoneses. Segundo o governo chinês, o país está “altamente preocupado com o risco de contaminação radioativa trazida pelos alimentos e produtos agrícolas do Japão”, afirmou em comunicado.
Por outro lado, o Japão afirma que a liberação de água é segura, observando que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também concluiu que o impacto nas pessoas e no ambiente é “insignificante”.
Como aconteceu o acidente nuclear de Fukushima?
Construídos entre 1971 e 1979, a instalação era composta por seis reatores. Imediatamente após o terremoto, os reatores ativos desligaram, automaticamente, suas reações de fissão nuclear.
No entanto, o tsunami desativou os geradores de emergência que forneciam energia para controlar e operar as bombas que serviam para o resfriamento dos reatores.
O resfriamento insuficiente levou a três colapsos nucleares, tornando Fukushima o maior desastre nuclear desde o acidente nuclear de Chernobil.
A maior parte da radiação, aproximadamente 80%, acabou sendo direcionada para o Oceano Pacífico. Além disso, pesquisadores identificaram radioatividade de Fukushima em algas marinhas e peixes ao longo da costa da Califórnia.
Medições realizadas pelo Ministério da Ciência e Educação do Japão nas áreas do Norte do Japão entre 30 e 50 km da área apresentaram níveis altos de césio radioativo, suficientes para causar preocupação.