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Água-viva imortal tem segredo da longevidade revelado; entenda

Cientistas desvendaram o mecanismo genético por trás do rejuvenescimento da espécie Turritopsis dohrnii, que só pode ser morta através da predação

Cientistas encontram chave para imortalidade de água-viva imortal

Imagem: Dr. Karen J. Osborn/Wikimedia Commons/Reprodução

O ciclo de vida das águas-vivas possui dois estágios. No primeiro deles, o animal se mantém no fundo do mar sem movimentação ativa, apenas sobrevivendo. Depois de um tempo, os animais estão prontos para se reproduzir e atingem o formato já conhecido pelos humanos. 

Algumas espécies conseguem transitar entre esses dois estágios, voltando suas células a um estado larval quando necessário. Porém, parte dos animais perde essa capacidade ao atingir a maturidade sexual. 

Não é o caso da Turritopsis dohrnii. Essa espécie é literalmente imortal, sendo capaz de “voltar no tempo” repetidas vezes pelo resto da vida. Dessa forma, a água-viva não pode morrer de causas naturais, apenas por consequência da predação. 

Agora, cientistas da Universidade de Oviedo, na Espanha, desvendaram o mecanismo por trás dessa habilidade. Para isso, compararam seu código genético com o da Turritopsis rubra, uma espécie prima da T. dohrnii que não tem a capacidade de rejuvenescer após a reprodução sexual.

A equipe concluiu que a T. dohrnii possui variações em seu genoma que podem torná-la melhor em copiar e reparar DNA. Além disso, elas possuem uma boa capacidade em manter os telômeros (extremidades dos cromossomos). Em humanos e outras espécies, o comprimento dos telômeros diminui com a idade. O estudo completo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences.

A espécie não transita entre as fases sem propósito. Na verdade, isso ocorre quando a água-viva está ferida ou passando fome. Condições da água, como temperatura e salinidade, também podem influenciar o mecanismo.

A partir do novo estudo, os cientistas podem procurar compreender ainda mais os processos e funcionalidade das proteínas que ajudam o animal a enganar a morte. Isso permitirá pesquisas no próprio campo da saúde humana sobre doenças crônicas e doenças associadas ao envelhecimento.

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