Nesta semana, o governo do Ceará anunciou que o projeto da usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, vai mudar de lugar. O motivo é para impedir que a usina afete os cabos submarinos que chegam por lá, o que poderia provocar um apagão da internet no Brasil.
A obra foi alvo de protesto de empresas de telecomunicações. Isso porque a captação de água no fundo do mar poderia romper os cabos, responsáveis por 99% do tráfego de dados do país, segundo a associação TelComp.
O governo local pretende construir a usina ainda na mesma praia, mas o local ficará a cerca de 1 km de distância do ponto inicial.
Além disso, a estrutura de captação das águas do mar também vai ser deslocada. No local anterior, o governo estadual prevê instalar um centro de ensino tecnológico, segundo o G1.
Sobre a usina de dessalinização em Fortaleza
O projeto de usina de dessalinização foi anunciado em 2017. Já a previsão de conclusão das obras é para o primeiro semestre de 2026. De acordo com a Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente), o projeto terá a licença de instalação e início do projeto até o mês de julho.
A ideia do governo cearense é usar a usina para combater a seca no estado. Para isso, ela transformaria a água salgada do mar em água potável, ajudando no abastecimento da população. Aliás, um dos motivos para a escolha do local é que o bairro tem uma das águas mais limpas da orla de Fortaleza. Isso facilitaria o processo de dessalinização, tornando-o mais barato.
Um dos pontos do Brasil mais próximos da Europa, a Praia do Futuro é um dos lugares que primeiro recebem cabos de fibra óptica vindos do continente europeu. De lá, eles vão para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, bem como outros países da América Latina.
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