Amazon cria maquininha que permite pagamentos com a leitura da palma da mão

Sai para lá, Bill Gates: é hora de Jeff Bezos ficar no foco das teorias da conspiração. Na terça-feira (29), a Amazon anunciou o lançamento de seus novos dispositivos Amazon One, que usam a palma da mão do cliente para identificação e pagamento em lojas físicas de varejo. Os dispositivos já estão disponíveis para uso […]
Imagem: Amazon

Sai para lá, Bill Gates: é hora de Jeff Bezos ficar no foco das teorias da conspiração. Na terça-feira (29), a Amazon anunciou o lançamento de seus novos dispositivos Amazon One, que usam a palma da mão do cliente para identificação e pagamento em lojas físicas de varejo. Os dispositivos já estão disponíveis para uso em lojas da Amazon Go em Seattle (EUA), e a empresa quer expandi-los para qualquer varejista que deseje fazer uma parceria.

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De acordo com um anúncio de Dilip Kumar, vice-presidente de negócios de varejo físico da Amazon, o dispositivo Amazon One cria ainda menos atrito de pagamento nas lojas sem caixa da empresa. Em vez de serem identificados por uma conta em seus telefones celulares, os clientes podem simplesmente entrar na loja, escanear a palma da mão, comprar os produtos, e as compras serão automaticamente cobradas de um cartão de crédito.

É este um precursor da marca lendária da besta que foi profetizada no livro do Apocalipse? É muito cedo para dizer, mas Bezos não é realmente simpático o suficiente para ser o anticristo.

Quanto às questões de privacidade, a Amazon disse que as informações biométricas dos usuários nunca serão armazenadas no dispositivo e uma imagem criptografada é transmitida para a nuvem AWS, onde é armazenada. Também é possível excluir todas as informações biométricas dos servidores da Amazon por meio de um portal online ou em um dispositivo Amazon One.

Kumar disse que o cadastro leva menos de um minuto e os usuários não precisam ter uma conta na Amazon. Um cartão de crédito, um número de telefone e a impressão da palma da mão são os únicos requisitos.

A Amazon afirma que não armazenará informações de compra, mas irá coletar informações básicas sobre os locais que os clientes individuais visitam. Claro, esse acordo pode mudar, e a política de privacidade geral da empresa deixa muito espaço de manobra para anexar mais coleta de dados ao serviço no futuro. Um porta-voz da empresa disse ao Recode que ela “não tem planos de usar informações de transações de locais de terceiros para publicidade na Amazon ou outros fins”.

A Amazon enfatiza que esta é a tecnologia que ela deseja espalhar para parceiros terceirizados e os pagamentos não são a única função que ela tem em mente. Entrar em um local como um estádio, passar o crachá na catraca do trabalho e cartões de fidelidade são outros casos de uso que ela cita para o futuro imediato.

Quando o Recode perguntou a Kumar se pode acontecer de os varejistas tradicionais se recusarem a fazer parceria com uma empresa que está tentando tirá-los do mercado, o executivo apontou para o fato de que muitos concorrentes da Amazon usam os serviços de computação em nuvem do Amazon Web Services. A empresa conseguiu forçar sua entrada na computação em nuvem tão cedo e expandi-la tão rapidamente que poucos podem competir com sua tecnologia e preços. Aparentemente, ela vê esse tipo de potencial no setor de sistemas de ponto de venda sem atrito.

O teste se resumirá a quanta conveniência e redução de custos isso pode realmente proporcionar aos varejistas. Para os clientes, não tem muita vantagem usar a palma da mão no lugar de um aplicativo móvel ou de um cartão de crédito.

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