Prime Video terá seis séries brasileiras, marcando investimento da Amazon em produções locais

Prime Video, o serviço de streaming da Amazon, anunciou seis séries com produção original brasileira; títulos estarão disponíveis em breve.
Malu Miranda, da Amazon Studios, e Pablo Vittar, durante evento em São Paulo
Malu Miranda, head de formatos originais da Amazon Studios, e Pablo Vittar, durante evento em São Paulo. Crédito: Prime Video

O Amazon Prime Video está no Brasil desde 2016, mas só agora a companhia se mostrou mais disposta a apostar no mercado local com uma estratégia agressiva. Como próximo passo, a empresa anunciou que está trabalhando em produções originais no País, com seis títulos confirmados.

Em um evento em São Paulo nesta quarta-feira (4), a Amazon revelou os primeiros detalhes dos conteúdos produzidos aqui no Brasil. “Tudo ou Nada: Seleção Brasileira” e “Soltos em Floripa” já têm data de estreia, enquanto outros quatro projetos ainda estão em andamento: “DOM” , “Setembro”, “Lov3” e “Projeto Marcelo D2”.

Um ponto ressaltado pela Amazon e que a empresa diz ser o que a diferencia dos concorrentes é a questão da diversidade. O objetivo é representar todos os tipos de histórias. Malu Miranda, head de formatos originais da Amazon Studio, diz que não há conteúdos suficientes que retratam todo o Brasil e por isso a empresa planeja trabalhar com produções em diversas regiões do País, não se limitando apenas a Rio de Janeiro e São Paulo.

Detalhes das produções

O primeiro título apresentado no evento desta quarta-feira (4) foi “DOM”, uma série dirigida por Bruno Silveira que conta a história da relação entre Pedro Dom e seu pai, Vitor Dom.

Pedro Dom era um jovem de classe média que ficou conhecido nos anos 90 por liderar um grupo que assaltava condomínios de luxo no Rio de Janeiro. Seu pai, por outro lado, era um policial que durante anos se dedicou a combater o tráfico de drogas, principalmente cocaína. Silveira fala da importância de uma empresa de fora apostar na produção brasileira em um momento em que estamos perdendo apoio nacional. Segundo ele, DOM é uma história muito brasileira, que trata dos problemas de drogas e violência no Brasil.

Já o painel de “Soltos em Floripa” contou com a participação de Pabllo Vittar, mas trouxe poucos detalhes sobre o reality show. Em geral, o programa mostra uma série de participantes em uma casa em Florianópolis. O formato parece comum a outros reality shows do tipo; a diferença é que haverá um painel com celebridades assistindo e comentando o que acontece dentro da casa, sendo Pabllo Vittar uma das comentaristas.

Casa do reality Soltos em FloripaCasa do reality “Soltos em Floripa”

“Tudo ou Nada: Seleção Brasileira” estreia em 21 de janeiro de 2020 e é a versão brasileira da série americana “All or Nothing”. O documentário mostra os bastidores da jornada da seleção nacional durante a Copa América 2019.

O terceiro conteúdo apresentado recebeu provisoriamente o título de “Setembro” e ilustra bem como a Amazon pretende investir em diversidade, não apenas com o elenco, mas por trás das câmera também, com roteiristas, produtores e toda uma equipe que representa diversos grupos.

Josefina Trotta e Alice Marcone são as roteiristas e contam que a série fala sobre família, não apenas transgeneridade. A história se passa no centro de São Paulo e foca em uma mulher trans que acaba de se mudar quando um menino bate à sua porta dizendo que está em busca de seu pai.

A última série apresentada foi “Lov3”, que a Amazon também se mostrou cautelosa em não abrir muitos detalhes. Rafael Lessa (roteirista) e Felipe Braga (criador) explicaram que a história é sobre três irmãos – 2 gêmeos de 24 anos e uma irmã mais velha de 34 anos -, cada um em fases diferentes de relacionamentos. O roteiro ainda está sendo finalizado, mas sabemos que serão episódios de 30 minutos abordando temas sobre sexualidade, compromisso e relações pessoais, em geral.

A Amazon não quis falar sobre investimentos, afirmando que o que a empresa leva em consideração é a relevância do conteúdo. Jennifer Salke, head da Amazon Studio, ainda diz que a estratégia para enfrentar a concorrência é focar em qualidade, e não quantidade. “Não estamos interessados em volume, nossa estratégia é mais seletiva, com uma curadoria manual e investimento em conteúdo local”.

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